Segundo a SpaceX, os dois satélites de observação da BlackSky, que pesam em torno de 55 kg cada, se separaram com sucesso do estágio superior do foguete cerca de uma hora após a decolagem. Meia hora depois, foi a vez dos satélites Starlink.
O lançamento da noite de quinta-feira marcou a segunda missão compartilhada da BlackSky para envio de satélites à órbita da Terra. Eles se juntarão aos oito já presentes na constelação da empresa. A partir do próximo lançamento – a ser realizado pela Rocket Lab -, serão 12 orbitadores da BlackSky ao redor do planeta.
Até o momento, a SpaceX fez 32 lançamentos para a Starlink, enviando à órbita em torno de 1,9 mil satélites de banda larga de tela plana – tendo sido quase 900 deles apenas em 2021. A empresa tem aprovação para lançar mais 30 mil, que vão aumentar sua megaconstelação para 42 mil satélites.
Esse foi o segundo lote de satélites Starlink lançado da Flórida neste semestre. Contando com o voo de setembro, que partiu da plataforma da SpaceX na Califórnia, a empresa já fez três lançamentos depois da pausa de dois meses para atualizar os satélites, adicionando terminais a laser aos equipamentos – operação que foi concluída em agosto. Basicamente, os terminais a laser permitem que os satélites tenham uma melhor comunicação entre si e com as estações de transferência de dados situadas na Terra.
Cerca de nove minutos após a decolagem, o primeiro estágio do foguete voltou à Terra, pousando de forma bem-sucedida na balsa "A Shortfall of Gravitas", o mais novo membro da frota de recuperação da SpaceX, que eleva o número total de plataformas de pouso móveis da empresa para três, ao juntar-se às “companheiras de trabalho” "Just Read the Instructions" e "Of Course I Still Love You" (esta última, mudou-se em junho para a Califórnia).
Segundo a SpaceX, além do primeiro estágio do foguete, o hardware de proteção semelhante a uma concha que envolve a carga também é reutilizável. Chamadas de carenagem de carga útil (ou cone do nariz), as duas peças que compõem a concha respondem por um décimo do custo do foguete. Como cada uma atinge US$ 3 milhões (quase R$16,9 milhões), portanto, reutilizá-las ajuda a reduzir os custos.
Leia mais:
Com esse voo, a SpaceX completou 27 lançamentos feitos apenas em 2021, o que já é um recorde anual para a empresa (foram 26 lançamentos em 2020). Até o fim do ano, esse número pode passar de 30.
Além disso, esse foi o 130º voo de um Falcon 9, que se tornou o primeiro foguete ocidental da história a ultrapassar 100 lançamentos de sucesso consecutivos, desbancando o foguete Delta II, da antiga fabricante McDonnell Douglas (que foi comprada pela United Launch Alliance – ULA).
Com pouco mais de 11 anos de história, o Falcon ainda está muito longe do recorde mundial dos veículos R-7 Soyuz, da Rússia – a família de foguetes mais lançada da história. Em seus mais 1,9 mil voos. o modelo completou repetidamente 100 lançamentos consecutivos de sucesso ao longo de suas décadas de operação.
Esse foi o primeiro de cinco lançamentos planejados para decolar da Flórida em dezembro. No domingo (5), será a vez de um foguete Atlas V da ULA decolar de lá, transportando uma variedade de cargas úteis para a Força Espacial dos EUA. Uma dessas cargas apresenta um novo sistema de comunicação a laser para a Nasa, denominado Laser Communications Relay Demonstration .
Depois, vem a missão Imaging X-ray Polarimetry Explorer (IXPE) da Nasa, programada para 9 de dezembro. Em seguida, um satélite de comunicações da Turquia (Turksat 5B) está programado para ser lançado no dia 18. Para fechar, no dia 21, será a vez de uma missão de carga de reabastecimento para a Estação Espacial Internacional (ISS).
Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!