Presidente do PSB falou sobre 'culturas diferentes' entre as legendas
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse nesta quarta-feira, após reunião com dirigentes partidários, que a legenda não tem a intenção de participar, neste momento, de uma federação com o PT. Com o gesto, parlamentares e caciques de ambos os partidos descartaram qualquer possibilidade de união até as eleições. Na segunda-feira, o ex-governador Geraldo Alckmin praticamente sacramentou, em reunião, sua filiação ao PSB para ser o vice na chapa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na federação, as legendas são obrigadas a andar juntas por um período de quatro anos, inclusive com candidato único em disputas majoritárias. O prazo para a formalização dessas alianças, estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se esgota em maio.
No caso de PT e PSB, não há consenso sobre palanques e candidaturas em estados importantes, como São Paulo. Além disso, socialistas entregaram uma lista de exigências sobre a estrutura da federação. Algumas das demandas não foram, porém, bem recebidas.
Agora, sem o PSB, petistas devem fechar uma federação com PCdoB e PV.
"A definição, no momento, é dos três partidos: PT, PV e PCdoB. O PSB, neste momento, não tem a intenção de participar. (Vamos) manter o diálogo entre os partidos, mas neste momento não tem a decisão (do PSB para participar da federação)", disse Siqueira.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, leu uma nota e afirmou que o PT continuará a dialogar com o PSB para tentar formar a aliança. Apesar disso, ela reconheceu a dificuldade.
"O presidente Siqueira relatou (a proximidade de PT e PSB) nos estados. Nós estamos apoiando o PSB no Rio, Maranhão e Pernambuco. No Espírito Santo, temos uma discussão. E vamos continuar a discussão. Não ter a federação não afasta as alianças estaduais. É um patamar de coligação, que é diferente. Mas achamos que é importante", disse Gleisi.