No íntimo do ser, reside a insanidade,
Nas teias do amor, há doce crueldade.
Loucuras são tantas, em sonhos dispersas,
A vida em si mesma é rima submersa.
A cada passo, um risco desmedido,
No coração, um desejo incontido.
Amor que nos prende em laços febris,
Loucura que inflama em olhos gentis.
Na busca incessante de um simples querer,
Enfrentamos o mundo, sem nada temer.
Saltamos ao vento, sem chão, sem abrigo,
Por risos fugazes, fazemos perigo.
No abraço da noite, dançamos sem norte,
Em versos cantamos, desafiando a sorte.
Loucuras de jovens, de velhos também,
De todos que amam e sonham além.
Em campos de flores, ou ruas vazias,
A mente vagueia em loucas magias.
Pintamos os céus com cores do além,
Cavalgamos nas asas de um vasto desdém.
Amor que machuca, e ao mesmo tempo cura,
É a mais doce e cruel das loucuras.
E nas aventuras que a vida conduz,
Somos todos loucos, guiados pela luz.
Cada um tem seu jeito, sua estrada,
Na trama do mundo, ninguém é parada.
Somos poesia, em versos contidos,
Loucura é a essência dos seres vividos.