Grande Curitiba Insanidade mental

Justiça determina que homem que esfaqueou clientes de bar em Curitiba faça exame de saúde mental

Processo fica suspenso até a apresentação do laudo, o que ainda não tem data para ocorrer. João Guilherme Pacheco Flores está preso. Uma das vítimas morreu.

Por Rafael Machado

27/09/2023 às 11:43:35 - Atualizado há
Homem atacou clientes de bar com faca na madrugada de sábado (22), em Curitiba - Foto: RPC

A Justiça determinou que o homem que esfaqueou quatro pessoas em um bar de Curitiba passe por um "exame de insanidade mental" e suspendeu o processo contra ele até que o laudo seja apresentado.

Segundo o Código de Processo Penal, o exame é determinado para tirar dúvidas sobre a saúde mental do envolvido e confirmar se ele era ou não inimputável à época do caso julgado, ou seja, se tinha condições de entender que estava cometendo um crime.


A decisão é da juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri, e foi tomada no dia 17 de setembro.


João Guilherme Pacheco Flores, de 27 anos, é réu por homicídio e três tentativas de homicídios - todos triplamente qualificados - de clientes do bar Distrito 1340 em julho deste ano.


Uma das vítimas atingidas, o empresário Mauri José Glus, de 49 anos, morreu no local. As outras três foram encaminhadas a hospitais, mas sobreviveram ao ataque, que foi flagrado por câmeras de segurança do estabelecimento.


Na decisão, a juíza disse que o pedido do exame foi apresentado pela defesa de Flores. O advogado justificou a necessidade da análise pelo "histórico psiquiátrico do acusado, que inclui episódio de tentativa de suicídio".


De acordo com o advogado de defesa de Flores, Khalil Vieira Proença Aquim, o Ministério Público afirma no processo que o acusado já teria algum tipo de transtorno mental.


"Além disso, [Flores] disse na delegacia que estava sob efeito de medicamentos e fazia acompanhamento psiquiátrico. Isso precisa ser esclarecido a partir de um exame de insanidade mental", explicou o advogado nesta terça-feira (26).


Na decisão, a juíza também cita argumento da defesa de que "o suposto cometimento do delito" foi fruto da intenção suicida de Flores.


O pedido do exame de insanidade mental foi analisado pelo Ministério Público, que concordou com a medida.


Com a determinação judicial, o processo fica suspenso até que o exame seja feito, o que ainda não tem data para ocorrer.


O crime

João Guilherme Pacheco Flores é réu por homicídio e três tentativas de homicídios, todos os crimes triplamente qualificados. Ele está preso preventivamente.


Testemunhas ouvidas pela RPC afirmaram que um segurança do bar pediu para Flores deixar o local após ele ter acendido um cigarro.


Outra mulher, que estava no estabelecimento no momento do ataque, contou que o homem chegou com uma mochila, onde estariam as facas.


De acordo com a Polícia Civil, Flores entrou no bar com seis facas.


Quem era o empresário morto

Segundo familiares, Mauri José Glus era natural de Curitiba e gostava de viajar de motocicleta.


Ele não tinha filhos e foi enterrado um dia após o crime. Nas redes sociais, dizia que prestava serviços para empresas internacionais nos últimos 22 anos na área de Tecnologia da Informação.

Fonte: G1
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