Polícia Morreu de Graça

Jovem de Almirante Tamandaré que foi assassinado em balada teria morrido para salvar amigo

João teria tido um gesto heroico que tirou sua vida. Outras duas pessoas ficaram feridas.

Por Jornalista Luciana Pombo

07/01/2023 às 16:30:21 - Atualizado há
Reprodução Redes Sociais

O jovem João Manoel Isalino Ferreira, que foi assassinado nesta madrugada no Oba, uma balada do centro de Almirante Tamandaré, teria morrido de graça.

Testemunhas entrevistadas pela jornalista Luciana Pombo e pela Rádio e TV Tamandaré, que temem serem identificadas, contaram que João estava com vários amigos quando por volta das 1h50 teria iniciado uma discussão entre um grupo vestido de branco e com tornozeleira eletrônica e o rapaz identificado como "Carcaça", amigo do João. O motivo foi fútil.

Carcaça teria esbarrado em um dos jovens de branco. Os seguranças chegaram a intervir na briga, mas ninguém teria sido retirado da balada. "Foi tudo muito estranho. Os seguranças mandaram parar, mas os rapazes de branco estavam ali para arranjar confusão porque eram amigos do dono", disse uma das testemunhas.

Os amigos não passam pela revista pessoal, nem pagam entrada - segundo testemunhas. Na hora em que recomeçaram a briga, horas depois, um dos jovens de branco teria empunhado a arma para atirar contra o Carcaça. "O problema é que o João se jogou na frente, achando que não iriam atirar nele – que não estava na confusão. Ele foi atingido em cheio e morreu. O Carcaça foi atingido no braço e foi para o hospital", relatou ela, sem saber identificar quem foi a terceira pessoa atingida pelos tiros.

A testemunha não sabe o nome do atirador, mas disse que era pardo, com 1,65 de altura e estava de branco. Depois do incidente, ele teria vestido uma camiseta preta e fugido do local. "Eu não entendo porque não tiraram eles de lá antes. Teriam evitado tudo isso. Os donos foram informados na hora sobre o incidente logo no começo da madrugada, mas creio que decidiram simplesmente não fazer nada", disse.

Outro Lado

O dono, Raphael Piti, negou que conhecesse o autor dos disparos ou tenha deixado entrar sem revista na balada. O proprietário da balada não acredita que os autores do crime tenham entrado pela frente do estabelecimento, onde dois seguranças verificam a entrada e a saída de todos. "Existe no fundo um local de mata e rio. Eles devem ter entrado por ali", disse ele. A balada não tinha câmeras em funcionamento porque elas foram levadas numa batida feita pela Polícia Militar há algum tempo. Seriam analisadas as imagens, periciadas e os equipamentos devolvidos, o que não aconteceu.

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