Batida aconteceu em junho de 2021, no bairro Rebouças, e a motorista Cassiane Araújo Aires fugiu do local; vítima ficou 10 dias internada e precisou passar por diversas cirurgias.
A motorista que bateu o carro em uma moto e feriu gravemente um motoboy, em Curitiba, será submetida a júri popular por tentativa de homicídio e omissão de socorro.
A decisão foi assinada na terça-feira (12), pelo juiz Daniel Surdi de Avelar, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.
O caso aconteceu na madrugada de 12 de junho de 2021, na esquina da Rua Nunes Machado com a Avenida Sete de Setembro, no bairro Rebouças. A motorista Cassiane Araújo Aires, de 25 anos, fugiu do local.
O motociclista Mozart Martins, de 32 anos, ficou dez dias internado e precisou passar por diversas cirurgias.
Cassiane foi denunciada em julho do ano passado por tentativa de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, e também por não prestar socorro à vítima.
Conforme a denúncia, ajuizada pela 2ª Promotoria de Justiça de Crimes Dolosos contra a Vida, do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Cassiane assumiu "o risco de produzir resultado de morte" quando decidiu dirigir após ingerir bebida alcoólica e em velocidade incompatível com a permitida para o trânsito da via.
O MP afirmou ainda que, por fugir sem prestar socorro à vítima, Cassiane demonstrou "absoluta indiferença com as consequências de sua conduta".
O Ministério Público também pediu que seja fixada uma indenização para a vítima, para reparação dos danos materiais e morais.
Conforme a denúncia, o motociclista somente sobreviveu "graças ao pronto e eficiente atendimento médico recebido logo após o fato".
A defesa de Cassiane informou que vai recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR), "pois ainda existem pontos cruciais e técnicos a serem enfrentados".
Velocidade
A motorista foi indiciada por tentativa de homicídio. No relatório do inquérito, foram anexados os resultados de laudos periciais realizados nas imagens de câmeras de segurança que registraram a batida e no carro de Cassiane.
Um dos documentos, segundo a Polícia Civil, apontou que a motorista dirigia a 62 km/h no momento da batida. Segundo a polícia, a batida aconteceu em um ponto onde a velocidade máxima permitida é 30 km/h.
Outro laudo concluiu que a motorista não tentou modificar o carro após a batida.