Votação ocorreu na quarta (16), na primeira sessão do ano na Casa. Foram 10 votos contrários ao pedido e sete favoráveis; defesa diz que Felipe Passos é vítima de 'perseguição política'.
Os vereadores de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, decidiram arquivar o processo que pedia a cassação do vereador Felipe Passos (PSDB), réu por "rachadinha" e assédio sexual contra servidores, por quebra de decoro parlamentar.
A votação ocorreu na sessão de quarta-feira (16), a primeira deste ano na Casa. Foram 10 votos contrários ao pedido e sete favoráveis e, com isso, o projeto foi arquivado.
Felipe Passos virou réu civil e criminalmente por crimes praticados durante o primeiro mandato na cidade, segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR). Atualmente, ele está na segunda gestão como parlamentar de Ponta Grossa.
A defesa do vereador afirmou que o pedido de cassação não tinha fundamento e que Passos é vítima de "perseguição política".
Entenda o processo judicial
O vereador virou réu depois da Justiça aceitar uma denúncia criminal contra ele por "rachadinha" e assédio sexual e moral contra servidores da Câmara Municipal de Ponta Grossa. Ele já era réu em uma ação civil pelos mesmos crimes.
Ele nega todas as acusações.
De acordo com o Ministério Público, Felipe Passos utilizou do cargo público para obter vantagem patrimonial. Ele também exigiu dinheiro, bens e pagamentos indevidos para indicar ou nomear servidores durante o primeiro e o atual mandato em Ponta Grossa, o que configura "rachadinha".
Segundo a investigação, há registros de servidores que mantiveram pagamentos mensais ao vereador durante todo o ano de 2020.
O vereador, de acordo com o MP-PR, também assediava moralmente e sexualmente servidores subordinados, além de coagi-los a trabalhar durante a campanha eleitoral sem contraprestação ou registro.
Ainda conforme a investigação, a conduta de Felipe Passos "causou dano ao erário". Durante a apuração do caso, o Ministério Público ouviu servidores que atuaram junto ao parlamentar.
Durante as investigações, o parlamentar chegou a ter os bens bloqueados.