Árbitro relata ter sido chamado de "negro safado" durante jogo contra o Retrô; súmula informa que autor da frase foi roupeiro do Náutico, mas clube diz que ofensa saiu de outro funcionário
Segundo Yan, na primeira paralisação da partida após o episódio - a marcação de uma falta -, o assistente chamou o árbitro e informou o ocorrido. Eles acionaram o delegado da partida, que chamou a polícia. Eles foram até onde estava a delegação do Náutico e, com informações do assistente, identificaram a pessoa.
Súmula
Tanto o árbitro da partida, Ralfy Luis Ribeiro, como o próprio assistente registraram o ocorrido na súmula. No documento, além de relatar, eles identificam a pessoa que teria feito a agressão e afirmam que prestaram queixa na Delegacia de Camaragibe após a partida.
Veja a nota na íntegra
"O Clube Náutico Capibaribe vem a público se posicionar, mais uma vez, sobre a acusação de injúria racial contra um integrante da delegação do clube, episódio que teria ocorrido no jogo do último sábado (28), entre Náutico e Retrô, pelo Campeonato Pernambucano Sub-20.
Após apuração interna, com escuta dos funcionários presentes, constatou-se que o roupeiro Marcelo Eugênio não proferiu qualquer agressão ao assistente da partida. Um outro membro do grupo protestou durante a partida, com insultos, mas este profissional nega, veementemente, ter cometido acusações racistas.
Diante destas circunstâncias, com o caso ainda em andamento, a direção executiva do Clube Náutico Capibaribe decidiu afastar o profissional de suas funções, até a conclusão do inquérito policial. Entendemos que apenas após a devida apuração e decisão, por parte das autoridades competentes, será possível adotar uma atitude definitiva. Queremos garantir o direito à defesa, sempre reafirmando a postura do clube, que não admite a prática da discriminação, de nenhum tipo. O Náutico lutará, sempre, pelo respeito à Lei e às pessoas."