Polícia PCC

Advogado alvo do Gaeco gerenciava dinheiro do tráfico de drogas do PCC

Segundo o Gaeco, advogado extrapolou os limites da defesa jurídica e passou a integrar diretamente o PCC

Por Dayene Paz

22/11/2023 às 16:20:11 - Atualizado há
Viaturas utilizadas em operação na cidade de Água Clara em outubro do ano passado. (Foto: Divulgação)

Alvo do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na manhã desta terça-feira (21), o advogado Alexssander Cardoso dos Santos gerenciava o dinheiro do tráfico de drogas para a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo a investigação. Ele foi preso no escritório onde atuava, na cidade de Água Clara, a 198 km de Campo Grande.

Trata-se da segunda fase da operação "Expurgo", que cumpriu, além do mandado de prisão contra o advogado, dois mandados de busca e apreensão.


Segundo o Gaeco, o advogado extrapolou os limites da defesa jurídica. "Passou a integrar diretamente a organização criminosa, para a qual inicialmente prestava serviços, chegando a gerenciar o dinheiro oriundo do tráfico de drogas e até concordar em guardar uma determinada quantidade de cocaína em seu escritório".


A investigação que levou à prisão de hoje começou a partir de informações obtidas na primeira fase da Expurgo, deflagrada em outubro do ano passado contra o PCC e que contou até com helicóptero. Na época, foram cumpridos 26 mandados de prisão preventiva e 25 mandados de busca e apreensão.


De acordo com as investigações, o grupo comandava o tráfico de drogas na cidade, além de cometer crimes de lavagem de dinheiro e posse de armas de fogo. Um dos alvos, Matheus Santos Carvalho, de 23 anos, o "Chinfra", reagiu à prisão, foi baleado e morreu.


Na primeira fase da Expurgo, o valor aproximado do prejuízo gerado à organização criminosa foi de R$ 600 mil.


O Campo Grande News tentou encontrar a defesa do advogado preso, mas até a publicação da reportagem não obteve retorno.


Em nota, a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul) informou que a Comissão de Defesa e Assistência está acompanhando as diligências e que adotará as "medidas cabíveis, inclusive de natureza disciplinar, respeitando o direito à ampla defesa e contraditório, bem assim as prerrogativas da advocacia".

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