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ONU elogia Tribunal Criminal para a ex-Iugoslávia, quando o julgamento final é entregue

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente em inglês pela ONU News O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, elogiou na quarta-feira (31) o trabalho dos juízes e funcionários do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (ICTY, na sigla em inglês), que proferiu seu julgamento final e aumentou as sentenças de prisão em apelação de dois ex-altos oficiais de segurança sérvios.

Por Da Redação

01/06/2023 às 12:51:15 - Atualizado há

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente em inglês pela ONU News

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, elogiou na quarta-feira (31) o trabalho dos juízes e funcionários do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (ICTY, na sigla em inglês), que proferiu seu julgamento final e aumentou as sentenças de prisão em apelação de dois ex-altos oficiais de segurança sérvios.

Jovica Staniši? e Franko Simatovi? foram condenados em 2021 pelo tribunal, parte do Mecanismo Residual Internacional para Tribunais Criminais (IRMCT), que depois substituiu o ICTY. A sentença foi imposta aos réus pelas funções deles treinando esquadrões da morte acusados ??de limpeza étnica durante o conflito que levou à separação da ex-Iugoslávia no início dos anos 1990.

Os dois foram originalmente condenados a 12 anos pelo tribunal em 2021, mas o julgamento do recurso de quarta-feira contra eles aumentou as penas para 15 anos, sob a alegação de que foram "responsáveis ??como membros de uma empresa criminosa conjunta por crimes cometidos por várias forças sérvias na Bósnia e Herzegovina em 1992", bem como responsáveis por homicídio no mesmo ano.

O secretário-geral da ONU, António Guterres: criminosos de guerra punidos (Foto: Kuhlmann/MSC)
Justiça para as vítimas

Em comunicado, o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, disse que Guterres "toma nota deste apelo e estende os seus pensamentos às vítimas, aos sobreviventes e às suas famílias que sofreram com os crimes pelos quais ambos os arguidos foram considerados culpados".

O julgamento marca o encerramento do caso final relativo aos "crimes centrais" que o Mecanismo herdou do ICTY, que foi criado em 1993 para processar suspeitos de crimes de guerra.

O Procurador-Chefe do IRMCT, Serge Brammertz, disse que a decisão demonstra que a comunidade internacional, "quando unida, pode fazer justiça às vítimas e responsabilizar os perpetradores mais antigos pelos seus crimes.

Lembrando as vítimas e sobreviventes, e a pura coragem das testemunhas que se apresentaram, ele acrescentou que ainda havia milhares de suspeitos de crimes de guerra em toda a ex-Iugoslávia, "que ainda precisam ser processados."

"Continuaremos nossos esforços intensivos para fornecer assistência às contrapartes nacionais, para garantir que mais justiça seja alcançada para mais vítimas", disse ele.

A verdade triunfa

O alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Türk, também saudou o julgamento final de quarta-feira, descrevendo o resultado como um passo importante para estabelecer a verdade e combater a impunidade.

"O trabalho extraordinário e o legado do Mecanismo e do Tribunal Penal Internacional antes dele não apenas contribuíram para estabelecer a verdade, a justiça e a responsabilidade ao longo dos anos, mas também avançaram poderosamente os padrões internacionais de justiça criminal globalmente", declarou Türk.

Assim como o secretário-geral, o chefe de direitos humanos da ONU destacou a coragem, resiliência e perseverança dos sobreviventes e famílias que, apesar do terrível trauma, nunca pararam de buscar a verdade e a justiça.

"Quero elogiar, fortemente, os sobreviventes e suas famílias, cujo sofrimento é inimaginável, mas que persistiram em exigir seus direitos", disse ele, enfatizando ainda que muitos sobreviventes e suas famílias ainda aguardam verdade, justiça e reparações.

Ameaças continuam

Muitas vítimas continuam a enfrentar ameaças, intimidações, discursos de ódio e retórica revisionista, incluindo a rejeição das decisões dos tribunais; negações de que crimes foram cometidos; justificação de atrocidades; e a glorificação dos criminosos de guerra.

"Vereditos como o de hoje nos lembram de um passado terrível ao qual nunca devemos retornar”, afirmou Türk.

Ele instou as autoridades, "os meios de comunicação e as pessoas na Bósnia e Herzegovina, Croácia, Montenegro, Sérvia, Macedônia do Norte e Kosovo a intensificarem os esforços para promover a verdade, a justiça, a reparação e as garantias de não reincidência. Narrativas revisionistas, negação do genocídio, retórica divisiva e discurso de ódio, de qualquer quadrante, são inaceitáveis."

Fonte: A Referência
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