O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou, nesta quarta-feira (19), que enviou uma notícia-crime à Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo a prisão do general Gonçalves Dias, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O militar aparece em imagens de câmeras de segurança que sugerem conivência com vândalos que invadiram o Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023.
Em seu perfil no Twitter, Nikolas disse que pediu a prisão de Gonçalves Dias partindo do mesmo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) ao decretar a prisão de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto divulgadas mais cedo mostram integrantes do GSI com postura leniente aos invasores que depredaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 8 de janeiro. O general Gonçalves Dias aparece nas imagens caminhando pela antessala do gabinete da Presidência da República.
Dias assumiu o GSI com a transição na Presidência, assumindo posto antes ocupado pelo general Augusto Heleno, aliado de Jair Bolsonaro. Ele já havia trabalhado na segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em sua primeira passagem pelo Planalto.
A relação de Lula e o general hoje à frente do GSI e as imagens divulgadas nesta quarta aqueceram o discurso da oposição sobre suposta negligência do governo federal durante os ataques de vândalos em Brasília. Parlamentares bolsonaristas fazem coro pela abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos antidemocráticos do 8 de Janeiro.
Citado por Nikolas, Anderson Torres teve a prisão preventiva decretada pelo STF após os atentados. À época dos ataques, o ex-ministro de Bolsonaro estava à frente das forças de segurança do Distrito Federal, consideradas omissas durante os episódios que culminaram com a destruição do Palácio do Planalto, do STF e do Congresso Nacional.
