Jornalista Hélio Doyle é nomeado para presidência da EBC

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou o jornalista e professor aposentado da Universidade de Brasília (UnB) Hélio Doyle para presidir a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (14).

Doyle, que estava ocupando cargo de assessoria especial na empresa, é um dos fundadores do PT no Distrito Federal e foi secretário dos ex-governadores Joaquim Roriz, Rodrigo Rollemberg e Cristovam Buarque no Governo do Distrito Federal.

A confirmação de Doyle à frente da estatal foi anunciada por Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República no mês passado.

Perfil

Carioca, Hélio Marcos Prates Doyle é jornalista pela UnB, onde também concluiu o mestrado em comunicação e o doutorado em história das relações internacionais. Foi professor da instituição de 1985 a 2013, quando se aposentou. Doyle presidiu o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal entre 1980 e 1986.

Foi secretário nas gestões dos ex-governadores do DF Cristovam Buarque e Joaquim Roriz, além de ter chefiado a Casa Civil durante o governo de Rodrigo Rollemberg. Doyle candidatou-se, em 1986, a deputado federal constituinte e foi um dos fundadores do PT-DF.

EBC

Em janeiro, a jornalista Kariane Costa tomou posse como presidente interina da EBC. A ideia era que Kariane ficasse no cargo pelo menos até outubro deste ano, em processo de transição de gestão. No entanto, o governo antecipou a saída para a entrada de Doyle.

Em dezembro de 2022, a equipe de transição de Lula sugeriu a retirada da EBC do processo de privatização iniciado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em abril de 2021. O grupo pediu a anulação de resoluções ou decretos editados pelo governo anterior que incluíram as empresas no Programa de Parceria de Investimentos (PPI) ou no Plano Nacional de Desestatização (PND), o que permitiu a realização de estudos para a privatização das estatais. A confirmação da retirada da EBC dos planos de desestatização foi aprovada pelo petista no dia da posse.