De acordo com Elisangela, pelo grande volume, o custo do transporte desses solos é superior à própria extração, e não apresentam viabilidade econômica para utilizar solos mais nobres nos aterros. “Não tem viabilidade quando considerado os frequentes aumentos nos preços dos combustíveis”, conta. A mestranda relata, ainda, que os solos disponíveis na localidade, muitas vezes, não atingem uma impermeabilização eficiente para camadas de aterro, surgindo a necessidade de utilizar solos menos nobres, estabilizando-os com aglomerantes e resíduos que melhoram suas propriedades.
Sendo assim, em sua pesquisa, o objetivo foi a utilização do Lodo de Estação de Tratamento de Água (LETA) de Frederico Westphalen/RS para fins de estabilização de um solo frequentemente utilizado para aterros e obras municipais, verificando a melhoria das características e propriedades do solo estabilizado com diferentes porcentagens de LETA para aplicação em camadas de impermeabilização de fundo e cobertura final de aterros sanitários.
Para Elisângela, é evidente os benefícios e a importância de uma destinação adequada ao lodo na geotécnica. “É possível evitar passivos ambientais gerados por esse resíduo, além de atuar de forma inovadora e sustentável, minimizando a utilização de recursos naturais com soluções economicamente viáveis e ambientalmente vantajosas em obras de engenharia”, conclui.
Confira o vídeo produzido pela aluna no Canal da ABMS no Youtube
(Por Felipe Reis, estagiário, sob orientação de Simone Meirelles)