Para este plano piloto, foram envolvidas 224 famílias camponesas tanto na parte de produção, como na distribuição. As escolas atendidas estão nas regiões onde o Plano Pueblo a Pueblo está organizado, mas a proposta é ampliar o modelo para todo o território nacional, garantindo maior diversidade na merenda escolar a partir da produção local.
Para isso, uma das parcerias que as comunas buscam firmar é com o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU, que em abril deste ano assinou um acordo com o governo bolivariano, com o objetivo de fornecer alimento a 1,5 milhão de crianças nos próximos dois anos. De acordo com o PMA, cerca de 60% dos venezuelanos tiveram que diminuir suas refeições diárias em 2020 e os mais vulneráveis são crianças e adolescentes.
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"O plano Pueblo a Pueblo nas escolas surge pela iniciativa das comunas e organizações camponesas organizadas no Plano com base na sua experiência no trabalho coletivo e na necessidade de complementar a alimentação escolar", explica um dos fundadores da organização, Ricardo Miranda.
A Fundação Pueblo a Pueblo é formada por 90 pequenos produtores associados que, desde 2015, realizaram cerca de 250 jornadas de distribuição, vendendo mais de 1,5 mil toneladas de legumes, hortaliças, frutas e, recentemente, começaram a criar cabras e porcos para obter laticínios e proteína animal.