Para que se tenha ideia, a Clínica Ricardo Beck, especializada em reprodução humana e localizada em Curitiba, realizou mais de 6 mil atendimentos no último ano, sendo que uma média de 18 a 20 pacientes por mês realizaram o procedimento, desde março de 2020. Em todos os casos os embriões foram gerados de forma saudável e sem complicações relacionadas ao coronavírus.
Uma das preocupações da equipe está relacionada aos efeitos que a Covid-19 poderia ocasionar no tratamento em pacientes que haviam contraído o vírus.
A embriologista, Elisângela Bohme, explica que não houveram evidências negativas. “Tanto as pacientes de fertilização, quanto as de descongelamento embrionário, seguiram com os procedimentos durante a pandemia sem complicações. Aqueles que tiveram Covid-19 e vieram até a clínica depois, ou as mulheres que tiveram Covid-19 durante a gravidez, não tiveram um prejuízo gestacional nem problemas com o bebê”, afirma.
A fertilização in vitro é uma das técnicas de reprodução assistida mais conhecidas para aumentar as chances de uma gravidez. O médico Ricardo Beck, explica que o primeiro passo da FIV consiste na injeção de medicamentos que aumentam os níveis do FSH – hormônio folículo estimulante – na mulher, para que possa ser realizada a coleta de um alto número de óvulos.
Após o óvulo ser fertilizado pelo espermatozóide, o embrião começa a se desenvolver até atingir o estágio de blastocisto. Os embriões que chegam a essa fase são considerados os melhores candidatos, e a partir da análise de todos eles, os especialistas podem selecionar um número adequado de acordo com o desejo da mulher – um único bebê ou gravidez múltipla.
“É nessa etapa que acontece a transferência dos embriões. Após o procedimento, a paciente pode seguir com a rotina normal e ainda optar pelo congelamento dos embriões que tenham sobrado”, explica o médico ginecologista.
O teste de gravidez é realizado após 14 dias e, caso o resultado seja positivo, a nova mamãe já pode agendar a primeira ecografia de acompanhamento.
Outra notícia positiva é que as pesquisas randomizadas – da Pfizer-BioNTech,- apontam que as vacinas contra o coronavírus são seguras. Com isso, os beenefícios da imunização superam os danos de uma infecção por Covid-19.
Ricardo Beck explica que a vacina é uma importante ferramenta para alcançar o resultado final da fertilização in vitro, já que o imunizante atua na proteção tanto da mãe, quanto do bebê.
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