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"Um domingo para se fazer justiça", celebra mãe de Marielle Franco

"É um domingo de muita dor.

Por Da Redação

24/03/2024 às 12:14:56 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

"É um domingo de muita dor. É um domingo de Ramos. Mas é também um domingo para se fazer justiça. A delação do Roni (Lessa, executor do crime) tem toda robustez em relação ao que a gente já tinha em mente, frente as investigações dos órgãos competentes aqui no Rio. Um nome que já foi ventilado há muito tempo, acho que só concretiza o porque e quem mandou", afirmou, em entrevista à Globo News.

A Polícia Federal (PF) prendeu o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio. A ação foi realizada em conjunto com o Ministério Público Federal e o Estadual do Rio.

Para Marinete, a prisão de Rivaldo foi uma surpresa, já que ele se apresentou como um apoiador da família desde os dias subsequentes ao crime.

"A minha filha confiava nele e no trabalho dele. E ele falou que era questão de honra dele elucidar. Por questões óbvias, porque a Marielle, além dele confiar, a Marielle garantiu a entrada do doutor Rivaldo no Complexo da Maré, depois de uma chacina, para ele entrar e sair com a integridade física garantida", contou.

A operação foi realizada com base na delação de Ronnie Lessa, executor do crime, que os apontou como mandantes, em delação homologada na última semana. Segundo informações da PF, a ação foi realizada neste domingo pois havia suspeitas de que os três já esperavam por uma operação.

Na mesma entrevista, a irmã de Marielle, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, manifestou indignação com o envolvimento de Rivaldo. "É uma mistura de raiva com a certeza da impunidade, com esperança de que a gente possa percorrer esse outro longo caminho. Estou um pouco em choque porque é quem deveria estar protegendo", afirmou.

Anielle reafirmou a memória de Marielle e a continuidade de sua luta. "Tem muito chão pela frente ainda, e eu quero reiterar aqui: mataram minha irmã, mas a gente não vai sucumbir a esse sistema. A gente está aqui e vai continuar aqui defendendo o legado da Marielle, as pessoas que acreditam nela, as pessoas que lutam com a gente lado a lado, desde o começo. A gente vai fazer política como ela fazia, até o final, mesmo tomando várias passadas de perna", concluiu.

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