Na última segunda-feira (4), as Federações Nacionais dos Estivadores, dos Portuários e dos Conferentes, Consertadores, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios (FNE, FNP e Fenccovib) notificaram os Operadores Portuários (Fenop) sobre o estado de greve dos trabalhadores avulsos a partir de quarta-feira (6), podendo evoluir para uma greve com a paralisação de suas atividades por tempo indeterminado.
O JB Litoral também falou com João Fernando da Luz, o Nando, presidente do Sindicato dos Estivadores de Paranaguá, que expressa sua preocupação em relação à situação. Apesar do cenário desafiador, ele manifesta otimismo em relação às decisões do Senado e da Câmara dos Deputados, que votaram contra a ADI.
No entanto, ele alerta para a postura da Fenop, pedindo que a federação evite provocar conflitos desnecessários e respeite os direitos adquiridos pelos trabalhadores. "Pedimos à Fenop que pare de cutucar a cobra com vara curta, pois os portos no Brasil estão funcionando e não pararam nem durante a pandemia. Enquanto muitos pararam, muitos portuários perderam suas vidas continuando no trabalho, contribuindo para o desenvolvimento do país. Não é justo, agora, de repente, ficarmos sem garantias de emprego e trabalho", diz.
Ainda segundo o presidente do Sindicato dos Estivadores, a expectativa é que a greve não seja deflagrada, especialmente após o posicionamento do Senado e Câmara dos Deputados. "Não gostaríamos de entrar em movimento grevista, principalmente em Paranaguá, onde as relações entre capital e trabalho não são difíceis, e sempre temos uma facilidade maior de conversação e diálogo. Nós, trabalhadores e a direção dos sindicatos, gostaríamos que isso permanecesse assim", conclui.