Canto das Pedras, em Pontal do Sul, exige atenção redobrada dos banhistas durante todo o ano

A capitã Débora destaca que esses incidentes têm uma relação com o aumento de banhistas durante a temporada. Contudo, ainda há registros de afogamento fora de temporada, como no caso de pai e filha que se afogaram em julho do ano passado e acabaram morrendo.

Maré vazante é a "vilã"

Débora também explica sobre a "vilã" do Canto. "Durante a maré vazante, há uma corrente que recircula próximo ao Canto das Pedras, na saída do trapiche, criando maior risco de afogamento no local", alerta.

Ela ainda esclarece que a proximidade com a saída das embarcações e a corrente de saída no canal criam um verdadeiro labirinto aquático, ou, em palavras mais técnicas, "um fluxo que recircula próximo às pedras".

A capitã afirma que, durante a pré-temporada, são instaladas placas permanentes nas pedras. Já na Operação Verão, as bandeiras alertam com clareza: “Se vir bandeiras pretas e uma fita zebrada, é sinal de perigo! Essa área não é considerada segura, podendo resultar em morte“, ressalta.

A população é informada através das bandeiras, placas e a orientação amigável dos guarda-vidas. Débora também aponta que os resgates na área do Canto das Pedras são desafiadores devido à recirculação da corrente e à distância do posto de guarda-vidas.

Dicas essenciais para curtir com segurança

Para aqueles que frequentam a região que tem muitos atrativos, a capitã aconselha: "Ao procurar uma praia para banhar-se procure sempre por áreas protegidas, entre bandeiras vermelhas sobre amarela. Atenção redobrada em áreas com bandeiras pretas, pois sinalizam locais sem proteção constante por guarda-vidas", diz.

Outra orientação importante é: "Ao chegar em uma praia, procure o posto de guarda-vidas mais próximo para orientações sobre os riscos da praia. Mantenha atenção e vigilância constante sobre crianças", aconselha.

Além disso, é fundamental não consumir bebidas alcoólicas antes de entrar na água, bem como evitar horários após as refeições. "Não confie na sua habilidade de nadar, o mar oferece riscos nem sempre evidentes", conclui a capitã Débora Kolossoskei.