Aneel determina que distribuidoras de energia tomem medidas para amenizar impacto de chuvas fortes

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabeleceu uma série de medidas que as distribuidoras de energia devem implementar para mitigar os efeitos das chuvas e eventos relacionados às mudanças climáticas sobre os consumidores. Estas medidas foram discutidas durante uma reunião entre a diretoria da agência e representantes das empresas em Brasília.

Nas diversas cidades do Brasil, incluindo São Paulo, as chuvas intensas têm impactado a infraestrutura elétrica, resultando em apagões que podem durar vários dias. No início de novembro, alguns bairros da capital paulista ficaram sem energia por até cinco dias, o que levou à renúncia do presidente da Enel, a empresa responsável pela distribuição na cidade.

Detecção de eventos

A agência definiu diversas ações, incluindo o aprimoramento das ferramentas de detecção de eventos extremos. Isso envolve a integração de dados provenientes dos sistemas de previsão internos das distribuidoras, alertas emitidos pelas Defesas Civis Estaduais e Municipais, bem como informações de institutos e consultorias especializadas em meteorologia.

"A partir de uma detecção mais precisa, a próxima ação é estabelecer um canal de comunicação direta com prefeituras, governos estaduais e suas respectivas Defesas Civis, visando a coordenação de medidas necessárias para minimizar os impactos dos eventos climáticos. Isso inclui a comunicação sobre o acompanhamento de seus efeitos e a coordenação dos esforços para a recomposição do serviço de energia elétrica (Salas de Crise)", declarou a agência.

Além disso, a Aneel exige o mapeamento das áreas de risco para o manejo vegetal, a fim de evitar que árvores tombadas afetem a rede elétrica, deixando os moradores sem luz.

"No que diz respeito ao manejo vegetal, as distribuidoras devem coordenar ações com os órgãos públicos envolvidos para a gestão adequada da arborização e do manejo vegetal em áreas com maior potencial de causar danos ao serviço de distribuição durante eventos climáticos severos", afirmou a Aneel.

A agência também determinou a criação de uma agenda de médio prazo, composta por três frentes de atuação para lidar com eventos climáticos de alta severidade: maior precisão na detecção de eventos, aprimoramento dos planos de prevenção e redução de danos em coordenação com os órgãos públicos estaduais e municipais, e um plano de ação para a recomposição do serviço, em articulação e coordenação com os demais órgãos públicos envolvidos, garantindo uma comunicação eficiente com consumidores, Aneel e outros órgãos públicos.