Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná identificou que os botos-cinza têm sotaques.
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná identificou que os botos-cinza têm sotaques. O estudo de doutorado, feito no Centro de Estudos do Mar, no litoral do estado, analisa os sons emitidos pelos animais, que parecem assobios finos e constantes.
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Até o momento, o que se sabe é que o jeito de "falar" é determinado pela formação genética e pelo ambiente em que eles vivem. Por exemplo, aqueles que estão perto de Guaraqueçaba têm uma sonoridade diferente em relação aos que nadam perto do Porto de Paranaguá. A pesquisadora Camila Domit explica que os golfinhos realmente têm diálogos.
Estudos similares buscam identificar os sons emitidos por orcas como forma de comunicação social. Com a ajuda de drones e hidrofones, os pesquisadores do Centro de Estudos do Mar querem entender como as mudanças ambientais no litoral do Paraná impactam o comportamento dos animais.
A qualidade da água também impacta na comunicação, dependendo da profundidade, da salinidade, da turbidez e da temperatura do local.
Reportagem: Larissa Biscaia