Casos aconteceram em duas unidades de Londrina e terminaram na delegacia. Secretário é cobrado por sindicato por mais segurança.
Servidores de dois postos de saúde de Londrina, norte do estado, foram agredidos e ameaçados por pessoas que esperavam atendimento na quarta-feira (27). A polícia foi chamada e encaminhou os suspeitos até a delegacia.
No posto da Vila Brasil, região central da cidade, uma mulher levou o filho dela para uma consulta, mas, segundo a Secretaria de Saúde, chegou 50 minutos atrasada.
Como o médico estava atendendo outro paciente, funcionários avisaram que tentariam remanejar a consulta, momento em que ela agrediu fisicamente uma profissional do posto. A confusão foi filmada por outros usuários.
"Quem vai atender meu filho? Se eu voltar eu vou acabar com a tua vida. Porque eu vou te matar. Não me bata. Não é prestável pra prestar serviço", disse a mulher.
As imagens mostram a paciente xingando e ameaçando os servidores. Em seguida, ela começa a agredir a funcionária até a chegada de outro profissional, que separa as duas.
A mulher foi encaminhada até a delegacia, pagou fiança e foi liberada pelo delegado.
Mais confusão
No segundo caso, uma mulher e um homem foram ao posto do Conjunto Ernani Moura Lima, zona leste de Londrina, saber o resultado de um exame, que não havia saído.
De acordo com a Secretaria de Saúde, eles se irritaram e ameaçaram os servidores. Não houve agressões. O casal também foi conduzido pela polícia até a delegacia.
Sindicato cobra mais segurança
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Londrina (Sindserv) disse, em nota emitida nesta quinta-feira (28), ser "inadmissível" que os servidores municipais sejam "constantemente agredidos".
Segundo o sindicato, "medidas mais duras terão que ser tomadas para que as pessoas entendam que o servidor não é o inimigo".
Secretaria pensa em alternativas
Durante entrevista coletiva, o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, comentou que está avaliando a possibilidade da prefeitura responsabilizar os agressores.
Ele pediu que a Procuradoria Jurídica do Município verifique se há algum impedimento, e ainda não recebeu resposta.
O secretário afirmou que pensa em maneiras de evitar a entrada de estranhos nos postos, liberando apenas o acesso de quem será atendido.