O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) retomou, nesta terça-feira (27), o julgamento que pode determinar a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL), ou seja, a suspensão dos direitos políticos pelo prazo de oito anos.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) retomou, nesta terça-feira (27), o julgamento que pode determinar a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL), ou seja, a suspensão dos direitos políticos pelo prazo de oito anos.
A corte analisa o abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pelo ex-presidente durante uma reunião com embaixadores, realizada em julho de 2022, para criticar o sistema de votação eletrônico brasileiro.
A sessão desta noite foi dedicada inteiramente para o voto do relator, ministro Benedito Gonçalves, que foi a favor da condenação de Bolsonaro.
Gonçalves manteve a “minuta do golpe” na ação. Ele também afirmou que foi Bolsonaro o responsável pela concepção intelectual da reunião e que não é possível dissociar a reunião do contexto em que ela ocorreu. O ministro reconheceu que houve abuso de poder para disseminar desinformação sobre o sistema eleitoral.
O Tribunal deverá prosseguir com o julgamento na sessão de quinta-feira (29).
Além do relator, devem votar os ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE), Nunes Marques e Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal.
A defesa sustentou que não houve hostilidade antidemocrática ao sistema eleitoral no evento, que classificou como "típico ato de governo".
Ela completa afirmando que não se tratou sobre eleições e também não houve pedido de votos, comparação entre candidaturas ou ataques a oponentes. É um "ato que não pode ser enquadrado como abuso do poder político ou uso indevido dos meios de comunicação".