Poema de Luciana Pombo
No turbilhão de vozes em conflito,
Ergue-se a chama da livre expressão,
É dádiva sublime, um grito aflito,
Ecoando firme na vastidão.
Em tempos de desinformação sombria,
Onde verdades se perdem ao vento,
A voz que critica, que desafia,
É farol que guia o pensamento.
Desnudar a hipocrisia velada,
Apontar com coragem a maldade,
É ser em essência, alma alada,
Que busca na palavra, a verdade.
Liberdade, oh, direito sagrado,
Nos campos da mente, vastos e abertos,
Nos dá o poder, de um povo inflamado,
De erguer-se contra os muros incertos.
Responsabilidade é nosso escudo,
Pois livre falar não é semeador
De caos, mas de um saber profundo,
Que floresce no jardim do amor.
Políticos e tiranos, atentos estejam,
A voz do povo, é força voraz,
Pois no livre pensar, as correntes se rompem,
E a verdade brilha, audaz.
Em cada palavra, em cada verso,
Reside a essência da revolução,
É a alma do mundo, um universo,
Que clama por justa contemplação.
Liberdade, preciosa joia rara,
Nos lábios de quem luta e sonha,
É chama eterna que nunca se apaga,
É a canção que a história acompanha.
Assim, que a voz se erga, impetuosa,
Contra a mentira e a repressão,
Que o verbo seja a luz esplendorosa,
Guiando o caminho da nação.