Requião Filho participa de Audiência Pública em defesa do pagamento da data-base

Desde 2016, os servidores públicos do Paraná seguem sem reajuste e acumulando perdas inflacionárias de 42%. O índice foi divulgado pelo Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), que participou juntamente com representantes de mais de 20 entidades de classe, a convite dos deputados do Bloco PT-PDT, nesta terça-feira, de uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Estado.

Para o Deputado Requião Filho (PT), é preciso que a luta seja abraçada por todos os servidores e que sigam em mobilização, até que se consiga avançar nas negociações com o Governo, para a construção de um projeto de ressarcimento justo.

"Temos aqui os mais diversos sindicatos, demonstrando que todas as classes estão na mesma situação. E essa mobilização precisa continuar, sem se deixar levar por intimidações, como a demissão do comandante da Polícia Militar, por ter participado de ato em defesa da PM, aqui na Assembleia Legislativa do Paraná. Então, essa é uma luta de todos os servidores. Quanto mais vocês se mobilizarem enquanto servidores do Estado mais alta será a voz, mais alto será o grito e assim, quem sabe, a gente vença um projeto político de desmonte do Estado", afirmou.

No entanto, até o momento, o Governo do Estado tem defendido um reajuste geral de 5,79%, para os cerca de 271 mil servidores ativos e inativos do Estado do Paraná. De acordo com Agência Estadual de Notícias, a proposta do Executivo será enviada para análise da Assembleia Legislativa por meio de um projeto de lei, o que deve ocorrer em julho. O estudo técnico conduzido pelo Poder Executivo estima que o impacto aos cofres estaduais será de quase R$ 2 bilhões ao ano. Caso aprovado, os reajustes devem começar a ser pagos a partir do mês de agosto em toda a folha. Mas o valor proposto pelo Governo não foi bem aceito pelos deputados de oposição.

"O governo diz que vai dar um aumento que, na verdade, mais da metade ele já perdeu na Justiça, é uma decisão judicial. Os outros poderes estão dando 12,3%. O Estado do Paraná vai dar menos de 3% real para os seus servidores. Isso coloca policiais, os agentes de saúde, os professores, todo funcionalismo público do Paraná em um cenário de desvantagem econômica com os demais. Nós precisamos respeitar aqueles que são a cara do governo", comentou Requião Filho.