Polícia Paraná

Padrasto diz que enforcou enteada apenas para praticar o estupro

Por Reportagem: Ana Flavia Silva e Amanda Yargas

12/05/2023 às 11:20:24 - Atualizado há
Padrasto diz que enforcou enteada apenas para praticar o estupro

Acusado de estuprar e matar a enteada, Givanildo Rodrigues Maria, de 33 anos, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por homicídio, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver. Ele está preso preventivamente desde 29 de abril, um dia depois de ter sido liberado pela Justiça – e ter se apresentado voluntariamente para confessar o crime. A Justiça não tem prazo para aceitar ou recusar a denúncia.

Kameron Odila Gouveia Osolinski, de 11 anos, foi encontrada morta no dia 27 abril, em uma área de mata, em Guaraqueçaba, no litoral do estado. Ela foi dada como desaparecida pela Polícia Civil, o que motivou buscas pela região.

No dia em que o corpo de Kameron foi encontrado, Givanildo foi preso, apontado como principal suspeito pela morte da menina, mas foi solto pela Justiça. No dia seguinte, ele mesmo se entregou e confessou que havia estuprado e matado a criança.

Durante toda a oitiva, que tem cerca de 10 minutos, o acusado relatou os acontecimentos de forma confusa e por vezes, contraditória. O acusado manteve a posição de que o estrangulamento foi usado como forma de conseguir praticar o estupro. Ele também disse que percebeu que tinha matado a garota e a levou no porta mala do carro para esconder o corpo e que não relatou à mãe da menina o que havia acontecido.

A acusação, assinada pela promotora Ana Carolina Lacerda Schneider, defende que o homem apresentou "vontade de matar". "Ele tinha a vontade de matar a vítima. Ele sabia o que estava fazendo, tinha a intenção de matar. Ele não matou sem querer", afirma a promotora. O texto cita, ainda, que a morte de Kameron aconteceu no âmbito de violência doméstica e familiar, já que o homem era padrasto da vítima. Isso deve pesar ainda mais no processo.

A acusação de homicídio tem cinco qualificadoras: por causa da idade, feminicídio, recurso que dificultou a defesa da vítima, já que ele tem muito mais força do que ela, asfixia e por ter escondido o crime de estupro.

Por meio de nota, o advogado de Givanildo, Cristiano Dias, afirma que está "tomando conhecimento dos fatos e documentos" e do conteúdo da denúncia realizada pelo Ministério Público. Ele diz ainda que considera algumas controvérsias quanto à confissão do homem, porque "no ato da oitiva pela autoridade policial, o acusado estava desacompanhado de defesa técnica".


Fonte: BandNews
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