Acusados de matar Ana Paula Campestrini vão a júri popular

Começa nesta quinta-feira (23) o júri popular dos acusados pela morte de Ana Paula Campestrini. A vítima foi morta a tiros, no dia 22 de junho de 2021, no momento em que chegava em casa, no bairro Santa Cândida. Segundo o Ministério Público, o ex-marido de Ana Paula, Wagner Oganauskas, pagou R$ 38 mil para que Antonio Ramon, um amigo dele, executasse a vítima. Eles respondem por homicídio triplamente qualificado.

Wagner e Ana Paula foram casados por 14 anos e tiveram três filhos. Atualmente, eles têm entre 9 e 16 anos de idade. Em 2018, Ana pediu o divórcio para viver livremente sua real orientação sexual. Wagner nunca aceitou o fato. Segundo o MP, o denunciado passou a promover diversos constrangimentos à vítima, que havia assumido um relacionamento com outra mulher.

Após a separação, Wagner Oganauskas, que era presidente da Sociedade Morgenau, em Curitiba, passou a dificultar a vida da ex-mulher. A promotoria aponta que ele dificultava o acesso de Ana Paula aos filhos e cometia alienação parental. O homem também é acusado de dificultar o acesso da vítima aos bens adquiridos durante o casamento. Movido por lesbofobia, ele não teria concordado com uma divisão justa dos bens.

Três anos após o divórcio, Wagner decidiu pagar R$ 38 mil para que um amigo dele, Marcos Antonio Ramon, que era diretor da Sociedade Morgenau, matasse Ana Paula. A denúncia do Ministério Público aponta que a morte foi friamente planejada por ambos. No dia 22 de junho de 2021, após seguir a vítima até o condomínio onde morava, no Santa Cândida, Ramon fez vários disparos com uma pistola .40.

Ana Paula foi ferida em várias partes do corpo e morreu de hemorragia.