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Rebeldes sequestram, estupram, torturam e matam civis na RD Congo, diz ONU

Por A Referência

29/12/2022 às 09:52:29 - Atualizado há
A Referência

O grupo armado M23 (Movimento 23 de Março) é responsável por sequestros, estupros, tortura e pelos assassinatos de dezenas no conflito contras as forças do governo que explodiu nos últimos meses na República Democrática do Congo. as informações constam de um relatório de 21 páginas da ONU (Organização das Nações Unidas) que será publicado ainda nesta semana, ao qual a agência Associated Press (AP) teve acesso em primeira mão.

Por que isso importa?

O M23 era inicialmente uma milícia formada por tutsis da RD Congo e então apoiada pelos governos de Ruanda e Uganda. Em 23 de março de 2009, a milícia assinou um acordo de paz com o governo congolês e acabou incorporada ao exército nacional.

Entretanto, em 2012, os rebeldes se ergueram novamente contra o governo, acusado de não cumprir sua parte no acordo assinado três anos antes. Nasceu, assim, o M23, em referência à data em que foi firmado o controverso pacto.

A tensão entre a milícia e o exército chegou ao ápice em novembro daquele ano, quando o M23 assumiu o comando da cidade de Goma, no leste congolês. Porém, o grupo aceitou um novo acordo de paz, estabelecendo-se um cessar-fogo.

No final de 2021, o M23 reergueu suas armas e retomou os confrontos com o governo central, a ponto de o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) afirmar que a milícia é uma "séria ameaça à paz, segurança e estabilidade na região".

O M23 é suspeito, inclusive, de envolvimento na queda de um helicóptero que matou oito integrantes da Monusco, a missão de paz da ONU na RD Congo, no dia 28 de março. A aeronave transportava seis boinas-azuis do Paquistão, um da Rússia e outro da Sérvia e desapareceu enquanto fazia uma missão de reconhecimento perto da fronteira com Uganda e Ruanda.

"É imperativo que este Conselho dê todo o seu peso aos esforços regionais em andamento para neutralizar a situação e acabar com a insurgência do M23, de uma vez por todas", disse Martha Pobee, secretária-geral adjunta para assuntos políticos e operações de paz da ONU na África.

De acordo com Pobee, os civis estão pagando um alto preço pela violência, com relatos de 75 mil pessoas deslocadas em combates no final de maio em Kivu do Norte, sendo que mais de 11 mil cruzaram a fronteira para Uganda.

A ONU e os principais parceiros regionais e internacionais pedem unanimemente que o M23 deponha suas armas e se junte ao processo de desarmamento e desmobilização de combatentes. O governo congolês acusa Ruanda de oferecer apoio aos rebeldes, suspeita compartilhada por algumas nações estrangeiras.

Fonte: A Referência
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