Polícia Londrina

Homem é confundido com o irmão e fica preso dois meses por engano em Londrina

Senhor de 61 anos conseguiu liberdade com intervenção da Defensoria Pública do Paraná. Irmão procurado pela Justiça tem condenação por furto.

Por RPC Londrina

06/12/2022 às 15:43:24 - Atualizado há
Divulgação/ TJPR

Um homem, 61 anos, ficou preso por engano por dois meses em Londrina, norte do Paraná, após a Polícia Militar do Paraná (PMPR) confundi-lo com irmão dele que possui mandado de prisão em aberto.

O idoso foi liberado sexta-feira (2) por determinação do juiz da Vara de Execuções Penais e Corregedoria dos Presídios de Londrina, Katsujo Nakadamori, após pedido da Defensoria Pública do Paraná (DPE-PR).

De acordo com a defensora pública e coordenadora da sede em Londrina, Francine Borsato Amorese, o homem trabalhava como pedreiro e caseiro e estava voltando do trabalho quando foi abordado pela polícia.

"Embora tenha relatado que não era a pessoa que estavam procurando, ainda assim foi detido. Ele teria dito qual seria o seu verdadeiro nome, que a pessoa que se tratavam era seu irmão, mas não apresentou nenhum documento", disse a defensora pública.

Depois de passar alguns dias no Centro de Triagem, o homem foi levado para a Casa de Custódia de Londrina (CCL). O tempo todo dizia não ser quem a polícia procurava, mas foram necessários dois meses para ser ouvido.

"Ele realmente estava muito apavorado, queria sair, estava desesperado, não sabia o que ia acontecer. Era uma pessoa simples, sem condições e ele aguardava ali uma ajuda de qualquer pessoa, independente quem seja", disse Francine.

Irmão de preso por engano foi condenado por furto

O irmão do idoso tem passagens pela polícia e uma condenação por furto. Chegou a cumprir parte da pena na prisão, ganhou direito de cumprir o restante da pena em regime aberto, mas desobedeceu às medidas impostas e é considerado foragido.

A defensora relatou que os irmãos possuem, além do sobrenome, o segundo nome igual. Porém, a altura de ambos e os traços físicos são diferentes.

"É uma situação muito triste, muito complicada, que se exige de todo mundo que trabalha com sistema de justiça desde polícia, defensoria, ministério público, juízes e das próprias pessoas que trabalham junto ao Departamento Público, estejam atentas a situações como essas, para que isso não venha mais a ocorrer", concluiu.

A RPC entrou em contato com a Polícia Militar, Polícia Civil e com o Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen) e não havia recebido retorno até a última atualização desta reportagem.

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