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Advogada diz que Franciele foi à Corregedoria no início do mês e PM tentou "poupar" Dhyego

Por Nosso Dia

15/09/2022 às 10:25:24 - Atualizado há

"Na coletiva, foi falado pela capitã [Carolina Zancan] que nós estivemos na Corregedoria apenas na terça-feira, por volta das 15 horas, e que então não haveria tempo hábil para que a arma fosse tirada do Dhyego. Mas, ao contrário do que ele falou, nós estivemos na Corregedoria no dia 1º de setembro e prestamos todas as declarações necessárias, informando as reiteradas ameaças e os surtos psicóticos que o Dhyego vinha enfrentando. Entre eles, tínhamos a informação que estaria rondando a escola de uma das filhas de Franciele, o que nos deixou muito preocupadas. Nós não sabíamos até onde essa raiva do Dhyego poderia chegar", explica.


Franciele, de 28 anos, foi baleada e morta no fim da tarde da última terça-feira (13), no cruzamento das ruas Francisco Nunes e Chile. Por quatro horas, Dyegho negociou com equipes da PM para se render, mas acabou tirando também a própria vida por volta das 21h30.


Para Nicolly Dal"Apria, toda a atuação da PM nos meses anteriores ao crime foram no sentido de "poupar" Dhyego.


"Em determinado momento, tivemos uma situação de vias de fato, uma discussão por pertences pessoais, que, ao invés da PM encaminhar o caso para a Delegacia da Mulher, foram todos levados para a 1ª Companhia, onde foi registrado um TCIP [Termo Circunstanciado de Infração Penal]. Mas, quando há relacionamento e agressão, todo mundo sabe que é caso de Maria da Penha. A PM a todo instante, quando eram chamadas as viaturas, poupava o Dhyego. Nessa situação, a Franciele chegou a se jogar da viatura por estar se sentindo constrangida e ameaçada de prisão por desacato. É muito fácil falar agora, mas nada foi feito", critica.


Um dos pontos mais criticados pela advogada é a alegação de que o casal brigava muito. Para ela, nada justifica o resultado morte.


Medida Protetiva

A advogada confirma que, por mais de uma vez, orientou Franciele no sentido de buscar a medida protetiva contra Dhyego. A vítima, porém, segundo a representante, teria medo de prejudicar o ex profissionalmente. "A intenção dela nunca foi de prejudicar o Dhyego. Mas, quando ela colocou definitivamente um ponto final no relacionamento, ele não aceitou. Quando o Dhyego descobriu o novo relacionamento da Franciele, começou esse tormento todo", conclui.


Polícia Militar

Durante coletiva de imprensa, a PM falou sobre a devolução da arma e alegou ter sido comunicada das ações apenas no domingo (11).


"Nós passamos para ela que nosso trabalho é um alcance na questão disciplinar. Na questão criminal, cabe a Polícia Civil e ela procurou a Delegacia da Mulher no mesmo dia e relatou as ameaças, pedindo a medida protetiva, que foi expedida. Só que aconteceu que a PM não tinha o conhecimento da medida antes do crime, bem como ele (Dyegho) também não sabia da medida e acreditamos até que ela não sabia, tanto que esteve na Corregedoria de novo ontem, horas antes do crime", comentou o coronel Dorian Cavalheiro, comandante da Corregedoria Geral.

Fonte: Nosso Dia
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