Clínicas especializadas em medicina do esporte fazem também um tipo de avaliação mais sofisticada, em que a aceleração dos batimentos cardíacos das pessoas é estimulado no laboratório para que seja avaliada a ocorrência de problemas como dores no peito e falta de ar.
“Alguns países adotam uma série de exames de rotina, como eletrocardiograma e ecocardiograma, e hoje se usa muito também o teste cardiopulmonar do exercício, em que o batimento cardíaco é elevado em laboratório para ver se a pessoa tem pressão baixa, dor no peito. É muito usado entre os atletas. Hoje, existe uma série de ferramentas para o atleta amador que quer praticar atividade física mais intensa”, afirma o cardiologista Cláudio Domênico, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Mas não podemos esquecer que, depois dos 50 anos, a ocorrência de problemas coronarianos, como a obstrução das artérias, é mais frequente.”
De forma geral, concordam os especialistas, pessoas sem sintomas ou prognósticos que pretendam se exercitar de forma leve ou moderada não precisam fazer exames médicos. É consenso que os exercícios, na maioria dos casos, são positivos para a saúde. As pessoas, entretanto, devem estar atentas a eventuais sinais de problema, como dor no peito e falta de ar. Neste caso, a recomendação é interromper o exercício imediatamente e procurar um especialista.
“A mensagem importante é que o que mata mais é não fazer exercício. O exercício previne a mortalidade por todas as causas e, em princípio, todo mundo pode fazer”, afirmou o médico Luis Fernando Correia, do American College of Physicians. “Agora, a avaliação pode ser importante para determinar eventuais limitações, não só cardiovasculares, mas também outras, como ortopédicas e respiratórias. É bom saber o que você pode ou não pode fazer.”