PlenĂĄrio votou pela não abertura de investigação sobre o possĂvel uso da estrutura da casa para fins pessoais.
O plenĂĄrio da Câmara de Vereadores de Pato Branco analisou na Ășltima quarta-feira (15) o ofĂcio encaminhado a casa pelo Ministério PĂșblico, que notifica sobre possĂveis irregularidades cometidas pela vereadora Thania Caminski.
De acordo com ofĂcio, a vereadora teria utilizado a estrutura da câmara para fins pessoais, ao se manifestar sobre investigações a respeito de denĂșncias de maus tratos aos animais envolvendo o seu nome, e sobre a posse de um animal com diagnóstico de leishmaniose.
O ofĂcio foi despachado pela promotora Ivania Ostapiv Rigailo, coordenadora regional do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo (Gaema), do Ministério PĂșblico do ParanĂĄ.
Segundo o documento, lido na sessão de quarta-feira, a vereadora Thania Caminski teria se manifestado por meio de expediente formal da Câmara sobre a apuração de denĂșncia do MP a respeito de sua posse de um animal diagnosticado com leishmaniose canina, caso que teria recebido indicação técnica de eutanĂĄsia.
Ainda segundo o documento, a vereadora teria utilizado do expediente da Câmara no dia 18 de maio de 2022 para requisitar informações a Secretaria Municipal do Meio Ambiente sobre uma denĂșncia de maus tratos a animais de uma propriedade rural que seriam de sua responsabilidade.
Segundo o ofĂcio, nenhum dos casos se relaciona com sua atividade legislativa, e portanto o comportamento feriria o princĂpio da impessoalidade.
O ofĂcio foi recebido pela Câmara no Ășltimo dia 30 de maio, para que o presidente da casa, o vereador Claudemir Zanco, tivesse conhecimento dos fatos e encaminhasse o andamento de possĂveis providĂȘncias legais.
O documento foi analisado pelo departamento jurĂdico da Câmara, e a mesa diretora decidiu em reunião levar o tema para votação do plenĂĄrio.
Coube aos vereadores decidirem ou não pelo aceite do documento como uma denĂșncia, e instaurar procedimentos de apuração da conduta ética parlamentar da vereadora.
A proposta foi rejeitada por 5 votos a 4, entendendo o ofĂcio do Ministério PĂșblico como um encaminhamento. Votaram a favor da investigação os vereadores JanuĂĄrio Koslinski, Eduardo Dala Costa, Maria Cristina Hamera e Romulo Faggion.
Votaram contrĂĄrios os vereadores Dirceu Boaretto, Joecir Bernardi, Lindomar Brandão, Marcos Marini e Rafael Celestrin. A vereadora Thania Caminski se absteve por não se sentir apta a votar.