A disparada da inflação já chegou aos bares e restaurantes e é inevitável o aumento nos preços dos cardápios. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), a maioria dos estabelecimentos pretende alterar valores ainda neste semestre.
Segundo o presidente da Abrabar, Fabio Aguayo, alguns empresários buscam estratégias para que o acréscimo nos valores não pese tanto no bolso do consumidor.
“O que nos resta é fazer os cálculos e tentar reduzir o máximo de custos da empresa. Já tem muita gente trabalhando com equipe reduzida e escolhendo trabalhar de manhã ou a noite. Mas infelizmente tem que repassar isso para os cardápios. Muitos vão repassar entre 8% e 10%”, disse à Banda B.
Segundo a Associação, a média de alta nos preços de pratos tradicionais (arroz, feijão, bife, batata frita e salada de alface e tomate) em bares e restaurantes chegou a 25% em Curitiba. Percentual que, por muitos estabelecimentos, ainda não foi repassado.
Além disso, o presidente da Abrabar cita que o home office mantido por várias empresas também trouxe impactos negativos para os bares e restaurantes.
“Infelizmente também o home-oficce virou praticamente política das empresas para reduzir custos, então muitos locais que tinham uma circulação de pessoas hoje não tem mais, o que prejudicou nossa categoria porque os restaurantes dependiam dessa movimentação”, destacou.
O reajuste nos preços vai incluir ainda, em maio, a data base da categoria e a recomposição nos salários do trabalhadores.
“A gente pede ao nosso cliente que tenha essa compreensão. Eu sei que está caro a vida para todo mundo e uma das primeiras coisas que o cidadão faz é cortar seu lazer, seu entretenimento e sua diversão. Mas, como em alguns casos as pessoas têm que se alimentar para pode trabalhar, nós vamos tentar fazer o máximo para não ter um reajuste altos nos preços para que possamos absorver essa situação”, reforçou Aguayo.