Quatro passos e uma regra de ouro
Como, então, tentar reverter essa cultura de tratamento dos pacientes oncológicos? A equipe coordenada por Deminice desenvolveu, no guia, quatro passos e uma regra de ouro para profissionais de saúde que lidam com esses pacientes. O primeiro passo é encorajar pessoas, com ou sem diagnóstico, a fazer atividade física; o segundo é a máxima de que “todo movimento conta”. “Precisamos desestigmatizar o exercício físico. A caminhada, subir e descer escadas, movimentar-se no dia a dia etc., tudo isso conta, não é só o exercício físico na academia, por exemplo”.
O terceiro passo é dizer que a prática de atividade física para paciente oncológico é tolerável e segura. Por último, o quarto passo é considerar a disponibilidade e experiência prévia do paciente ao orientar a prática de atividades físicas. A regra de ouro para os profissionais é promover atividade física como um hábito, incorporado na rotina de cada paciente. Por mais que existam pesquisas a respeito, essas máximas ainda são pouco conhecidas dos profissionais de saúde. “Existe uma grande lacuna entre a pesquisa e a prática no Brasil, assim como há pouquíssimos profissionais da saúde que orientam essas práticas por aqui”.
Projeto de Extensão
No segundo semestre deste ano, Deminice deve colocar em prática, também como coordenador, o projeto de extensão Correndo contra o câncer. O projeto, que terá o patrocínio da Copel via Lei de Incentivo ao Esporte (nº 11.438/06), vai reunir pacientes oncológicos na pista de atletismo do CEFE para caminhadas e corridas. O projeto está na fase de captação de recursos e compra de materiais e deve atender 60 pessoas que já receberam o diagnóstico e fazem tratamento contra algum tipo de câncer.