Renato Freitas tem dez dias para se defender de acusações

O vereador Renato Freitas (PT) tem 10 dias, contados a partir de hoje (terça-feira, 12), para apresentar a defesa final no processo que pode resultar na cassação do mandato dele. O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Vereadores de Curitiba (CMC) encerrou ontem (segunda-feira, 11) a colhida de depoimentos do procedimento ético-administrativo. Renato Freitas é acusado de ocupar e promover um protesto na Igreja Nossa Senhora do Rosário, em fevereiro.

Na sessão de ontem (segunda, 11), o vereador foi sabatinado por mais 8 colegas de parlamento. Ele voltou a defender que não liderou a manifestação que acontecia no local e negou ter invadido a igreja.

O vereador ainda por diversas vezes alegou que a motivação do protesto foi o repúdio ao assassinato do congolês Moïse Kabagambe e de Durval Teófilo Filho.

Após todas as manifestações, o advogado de defesa de Freitas, Guilherme de Salles Gonçalves, apresentou diversos vídeos, defendendo que o parlamentar não liderou as manifestações. Um dos materiais mostrou que outra pessoa provocou os manifestantes a entrarem na igreja.

O procedimento que investiga o vereador foi aprovado em 21 de março. A todo, foram pelo menos três sessões de oitivas, que escutou 11 testemunhas. No dia 28 de março, a Arquidiocese de Curitiba apresentou um documento ao conselho solicitando que Freitas não tenha o mandato cassado.

O documento com a versão final da defesa de Freitas, deve ser enviado ao relator do processo, vereador Sidnei Toaldo (Patriota), para emissão de parecer. Cabe ao parlamentar decidir pela absolvição, pena mais branda ou cassação de Renato Freitas. A depender da decisão, haverá necessidade de deliberação posterior em plenário, com voto de todos os vereadores.

Reportagem: Leonardo Gomes.