Saúde COVID-19

Vigilância epidemiológica baseada em esgotos pode antecipar quantidade de casos clínicos de Covid-19

Por UFPR

09/03/2022 às 10:15:34 - Atualizado há

A Rede Covid Esgotos, coordenada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis) e pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), é um projeto de monitoramento do RNA viral do Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19, nos esgotos de cinco capitais brasileiras e no Distrito Federal. Em Curitiba, o projeto está sendo desenvolvido desde março de 2021 por meio de uma parceria entre a UFPR e a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).

Segundo Etchepare, essa parceria possibilitou a participação e a integração de profissionais com ampla multidisciplinaridade do setor produtivo e da academia. "Estão envolvidos os setores de Tecnologia e de Ciências Biológicas da universidade. No Setor de Tecnologia, as análises físico-químicas do esgoto são realizadas no Laboratório de Engenharia Ambiental Francisco Borsari Netto (LABEAM), enquanto as análises de biologia molecular para extração e quantificação do RNA do Sars-CoV-2 são feitas no Centro de Coleções Microbiológicas da Rede Paranaense Taxonline (CMRP/Taxonline), no Setor de Ciência Biológicas".

Distribuição espacial das regiões de contribuição das ETEs monitoradas em Curitiba e as faixas de concentração de RNA do SARS-CoV-2 no esgoto. Clique para ampliar.

Na capital paranaense, o monitoramento é feito de forma abrangente, em todo o município, e regionalizada, a partir das estações de tratamento de esgoto. Os resultados são disponibilizados em boletins de acompanhamento mensais, notas de alerta e em boletins temáticos, disponíveis no site da ANA e do INCT ETEs Sustentáveis. As análises também são semanalmente atualizadas no painel interativo da Rede Monitoramento Covid Esgotos.

O professor reforça que não há evidências sobre a possibilidade de transmissão do Sars-CoV-2 por meio do esgoto. "Não há relatos documentados de que o vírus tenha capacidade de infecção e replicação quando presente em resíduos fecais, esgoto sanitário e na água. Pesquisas indicam que nunca foi descrita infecção por Covid-19 por esses meios de exposição".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que os métodos de tratamento de água para abastecimento desativam microrganismos patogênicos eventualmente presentes na água bruta. A vigilância epidemiológica baseada nos esgotos foi destacada como uma importante prática complementar para o monitoramento da Covid-19 pela OMS, pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (U.S. EPA), e por outros órgãos internacionais.

A Rede

A Rede Monitoramento Covid Esgotos foi criada com intuito de ampliar a disponibilidade de informações para o enfrentamento da pandemia de Covid-19 por meio do monitoramento do Sars-CoV-2 nos esgotos das capitais brasileiras Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e do Distrito Federal.

A Rede é coordenada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações de Tratamento de Esgotos Sustentáveis (INCT ETEs Sustentáveis) e pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em Curitiba, especificamente, o projeto é coordenado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e conta com o apoio da Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR).

Informações mais detalhadas sobre os pontos de monitoramento, incluindo a justificativa para o monitoramento de cada ponto, podem ser obtidas no Boletim de Apresentação da Rede.

Fonte: UFPR
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