Geral Coronavírus

Governo federal pediu propina de US$ 1 dólar por dose de vacina, diz jornal

Por Luciana Pombo

29/06/2021 às 22:44:27 - Atualizado há

O jornal Folha de São Paulo publicou uma reportagem em que um representante de uma vendedora de vacinas contra a Covid-19 afirma que recebeu pedido de propina ao oferecer doses para o Ministério da Saúde.

De acordo com o jornal, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply, afirma que teve uma reunião com o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, em um shopping de Brasília, no dia 25 de fevereiro. O jornal tentou contato com Roberto e não obteve sucesso.

Luiz relata que sua empresa procurou o Ministério da Saúde para negociar 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. “Eu falei que nós tínhamos a vacina, que a empresa era uma empresa forte. E aí ele [Roberto Dias] falou: Olha, para trabalhar dentro do ministério, tem que compor o grupo”, afirmou Luiz para o jornal.

Para compor o tal grupo, disse o representante da Davati Supply, o representante do Ministério da Saúde teria afirmado que seria preciso acrescentar um (1) dólar por dose da vacina, para propina.

“Não estava só eu, estavam ele [Dias] e mais dois. Era um militar do Exército e um empresário de Brasília”, disse Luiz. “Se pegar a telemetria do meu celular, as câmeras do shopping, do restaurante, qualquer coisa, vai ver que eu estava lá com ele e era ele [Roberto Dias] mesmo”, completou o representante da empresa.

Luiz disse que recusou o pedido de propina. Depois do caso, ele teria tido contato outras vezes com o representante do Ministério da Saúde, mas o acordo não avançou.

Segundo a reportagem da Folha, o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias é indicado do líder do governo na Câmara, o deputado federal do Paraná, Ricardo Barros (Progressistas).

Nas redes sociais, o deputado negou a indicação.

“Em relação à matéria da Folha, reitero que Roberto Ferreira Dias teve sua nomeação no Ministério da Saúde no início da atual gestão presidencial, em 2019, quando não estava alinhado ao governo. Assim, repito, não é minha indicação. Desconheço totalmente a denúncia da Davati”, disse o deputado, em nota oficial.

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