A Universidade Estadual de Maringá retoma na segunda-feira, 17 as aulas presenciais, depois de mais de dois anos, porque em 2020 o calendário acadêmico foi suspenso antes do início das aulas, por causa da pandemia.
Neste tempo todo o Restaurante Universitário não preparou refeições, não fez compras de alimentos não foram realizadas e servidores se aposentaram.
Por tudo isso o RU não deve ser reaberto na semana que vem quando os estudantes retornarem ao campus.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) está mobilizado desde o final do ano passado e trata sobre o tema com a Diretoria de Assuntos Comunitários.
O coordenador-geral do DCE, o acadêmico de ciências sociais Victor Gabriel Menezes Menegassi, diz que o pedido é para que a UEM forneça pelo menos marmitas de graça aos estudantes em vulnerabilidade social, em torno de 180. “Nós temos algumas notícias de que infelizmente o restaurante não vai conseguir abrir, juntamente com o retorno das aulas presenciais, e isso é muito preocupante, porque nós sabemos que muitos estudantes precisam desse tipo de auxílio, dessa alimentação subsidiada, para conseguir se manter na Universidade, [ ], vai demorar alguns meses por conta das licitações, e como o preço dos alimentos aumentou drasticamente [ ], as licitações tiveram que ser refeitas, por causa dos novos preços, e parece que vai demorar alguns meses para que ele possa ser aberto”, afirma Menegassi.
“A gente não vê muita perspectiva na verdade, nós temos algumas mobilizações, inclusive a gente fez um texto ano passado denunciando a situação do restaurante Universitário, e estamos tentando organizar com a Universidade, para pelo menos conseguir oferecer marmitas para os estudantes em situações de vulnerabilidade, marmitas totalmente subsidiadas pela universidade, e também estamos fazendo junto com a diretoria de assuntos [ ], comunitários, uma pesquisa para avaliar a situação de vulnerabilidade dos estudantes, em 2019 já existia o auxílio alimentação, e eram cerca de 180 vagas que eram oferecidas[ ]”, concluí.
Em nota, a UEM informou que existe uma comissão cuidando do assunto e o objetivo é retomar o atendimento no RU o mais rápido possível. No entanto, a instituição “enfrenta dificuldades para retornar imediatamente à capacidade total”.
A nota diz ainda que “( ) foi feita licitação para entregas gratuitas de marmitas aos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica”.
E a UEM esclarece que por enquanto não há nenhuma definição de valores da refeição que será servida no RU quando ele for reaberto.