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Objeto que escapou de buraco negro seria um grupo de estrelas "bebês"

Por Da Redação

14/12/2021 às 13:10:38 - Atualizado há

O objeto misterioso que em 2014 escapou ileso do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea é formado três estrelas bebês, envoltas em uma nuvem de gás e poeira muito espessa. Essa é a explicação encontrada por um novo estudo para um evento que ficou conhecido como “fiasco cósmico”.

Sobrevivendo ao buraco negro supermassivo

Conceito dos objetos G em torno do buraco negro supermassivo Sgr A* (Imagem: Reprodução/Jack Ciurlo/UCLA)

Em 2011, os astrônomos descobriram o objeto G2, que parecia uma nuvem de gás que se aproximava do buraco negro supermassivo Sagitário A* (ou simplesmente Sgr A*), em uma provável rota de colisão que resultaria em um festival de “fogos de artifício”.

Astrônomos do mundo inteiro estavam empolgados para ver nosso próprio buraco negro no centro da Via Láctea devorando um objeto que parecia relativamente grande. Isso permitira descobrir muito sobre os processos que acontecem nesse tipo de encontro. Porém, o G2 se aproximou e nada aconteceu, e alguns estudos até sugeriram que não há um buraco negro supermassivo por lá.

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Nas tentativas de entender a passagem ilesa do G2 pela órbita do Sgr A*, os astrônomos descobriram algumas coisas valiosas. Uma delas é que o G2 era muito mais quente do que uma nuvem deveria ser, e essa temperatura se manteve, independente da localização do objeto. Esse é um dos motivos que levaram os cientistas a cogitar haver ao menos uma estrela ali.

Estrelas bebês no berçário

Seis objetos "G" em órbitas distintas em torno do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea (Imagem: Anna Ciurlo/Tuan Do/UCLA Galactic Center Group)

Uma equipe de pesquisadores liderada pelo astrofísico Florian Peißker da Universidade de Colônia, na Alemanha, publicou agora um artigo que traz uma nova possibilidade. Eles fizeram uma revisão detalhada de observações feitas ao longo de 14 anos com o instrumento SINFONI do Very Large Telescope.

De acordo com o novo estudo, o G2 é na verdade formado por três estrelas com 1 milhão de anos de idade, aproximadamente. Elas estariam envoltas em uma espessa nuvem de gás e poeira, a mesma de onde nasceram. Ou seja, são muito jovens e ainda estão em suas nuvens de formação estelar.

Se essa hipótese estiver correta, isso significa que essas são as três estrelas mais jovens já observadas em torno de Sgr A*. Nessa região, existe um grupo estelar jovem conhecido como aglomerado S. De acordo com o modelo da equipe de Peißker, as estrelas do G2 podem pertencer a essa mesmo população, mas foram de algum modo ejetadas do aglomerado.

Também existe a possibilidade de o G2 ser parte de um aglomerado maior de estrelas que não o S, o que poderia incluir outros objetos de poeira orbitando o Sgr A*. As pesqusias posteriores ao “grande fiasco” apontaram haver pelo menos seis objetos G. Pode ser que eles eram membros de um único aglomerado que se dividiu pela gravidade após se mover em direção ao buraco negro supermassivo.

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Fonte: Canal Tech
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