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UBS revolta moradores de Fazenda Rio Grande com poucas consultas e demora para agendar exames

Por Da Redação

10/12/2021 às 21:45:29 - Atualizado há

Inicialmente, Felipe revelou que está tentando marcar uma consulta médica há mais de dois meses. Ele criticou o método adotado pelo município para o agendamento destes encontros com os médicos das UBS.

“Não sou só eu, são várias pessoas que precisam da consulta, mas não conseguem marcar. É um absurdo. […] A marcação de consulta é online por meio de um aplicativo de consultas que foi criado”, começou à Banda B.

A denúncia do entrevistado aponta que a demora no atendimento provoca superlotação e, consequentemente, atrasos para todos. Além disso, segundo ele há poucos funcionários no posto de saúde para dar conta da demanda.

“Por exemplo, na farmácia, local de entrega dos remédios, há apenas duas pessoas trabalhando. Na recepção, a mesma coisa. Nos deixam esperando e acham que nós somos o quê”, refletiu. “O pronto-atendimento é péssimo”, afirmou.

O jovem também disse que há mais de seis meses tem tentado marcar um exame de sangue. Sua necessidade é alta devido o monitoramento que precisa fazer com seus problemas de saúde.

“Os exames de sangue são muito demorados. Eu fui hoje fazer uma triagem com a enfermeira-chefe e perguntei quando sairia a guia para fazê-los. Eu achei que seria algo imediato porque se trata de uma prioridade. Ela chegou a me dizer que os exames seriam feitos apenas em maio do ano que vem. Eu não posso esperar, não tenho condições de pagar”, revelou. “Ainda eles nos dizem que eu não sei mexer no aplicativo”, completou.

Outras UBS também apresentam problemas

O estudante também afirma que não é só na UBS da Vila Marli que estes problemas acontecem.

“Há vários problemas para a população. No caso, o descaso na saúde pública de Fazenda Rio Grande está complicado. Em todos os bairros, nas UPAs, em todos os lugares. É revoltante e uma falta de respeito”, opinou.

Prefeitura de Fazenda Rio Grande

A prefeitura de Fazenda Rio Grande se posicionou sobre o tema por meio de uma nota oficial enviada à Banda B. Leia o documento completo, abaixo.

Em resposta aos questionamentos feitos, viemos, através deste, informar que a Unidade de Saúde Vila Marli conta com 2 equipes de Estratégia Saúde da Família e, consequentemente, com 2 profissionais Médicos, sendo um servidor efetivo do município, com jornada de 40 horas semanais, e outro cedido pelo programa Médicos pelo Brasil, do governo federal, com jornada de 32 horas semanais. São ofertadas 20 consultas diárias, que são agendadas através do aplicativo Minha Cidade. Este agendamento é aberto todas as sextas-feiras para semana seguinte.

Além desta demanda espontânea de 20 consultas, os profissionais atendem uma agenda programada que contempla as prioridades estabelecidas pelo Ministério da Saúde, a citar: gestantes, puérperas, recém-nascidos, lactentes, idosos e portadores de necessidades especiais. Entretanto, detectamos uma inconsistência no sistema de marcação de consultas que estava oferecendo consultas para o ano de 2022 equivocadamente.

Quanto a este problema já foi dado ciência à empresa terceirizada responsável, solicitando máxima urgência para resolução. Além disso, é imprescindível citar, que qualquer usuário ou morador da área de abrangência da unidade pode acessar os profissionais de saúde através de acolhimento e consulta de enfermagem, os quais são realizados sempre que há procura direta presencial (isto é, os pacientes que procuram diretamente o serviço de saúde são atendidos por profissional de enfermagem que direciona ao médico quando tecnicamente necessário).

Quanto à demanda reprimida de exames complementares, informamos que uma cota diária é liberada para cada unidade de saúde para que seja utilizada racionalmente, dentro do princípio da equidade que, dentre outros, norteia o Sistema Único de Saúde.

Contudo, devido à grave discrepância entre a estimativa populacional oficial do IBGE e o número real de habitantes do município, esta cota tem custeio insuficiente pois é baseada em um número de usuário muito inferior àquele que de fato utiliza os aparelhos públicos de saúde do município. Neste sentido, ficou determinado, através da recente conferência municipal de saúde, demandar junto ao Estado um custeio efetivo dos exames laboratoriais, adequado ao crescimento populacional ocorrido em Fazenda Rio Grande na última década.

Fonte: Banda B
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