Além dessa obra, outras seis que haviam iniciado há quase uma década foram paralisadas em 2015, depois da suspeita de desvios de dinheiro que seria utilizado nas reformas escolares. Os demais prédios seriam levantados em Colorado, Ibiporã, Maringá, Medianeira, Campo Largo e Diamante do Norte.
Para as retomadas foi necessário atualizar os projetos. Somente no mês de novembro o Instituo Fundepar publicou 31 editais de licitação para obras em escolas estaduais, com valor de mais de R$ 71,5 milhões. Para reparos foram 23 delas, as seis restantes aconteceram para ampliações e para a retomada da construção de novas unidades educacionais. Na média, a economia nesses processos chega a 30% do valor inicial apresentado.
A Operação Quadro Negro investiga o desvio de verba que seria usada na construção e reforma de escolas do estado entre 2012 e 2015. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP), a uma construtora recebeu aproximadamente R$ 20 milhões, mas não entregou as obras.
Em 2019, o então governador Beto Richa (PSDB) chegou a ser preso no âmbito da Quadro Negro, mas foi solto dias depois. O tucano nega participação no caso e argumenta que foi seu governo que investigou e descobriu o esquema fraudulento nas obras das escolas estaduais, afastando os envolvidos e denunciando o caso ao Ministério Público.