Política Notícia

MBL planeja concentrar candidatos em único partido

Por Da Redação

19/11/2021 às 00:57:29 - Atualizado há

Durante sua participação na última edição do Congresso em Foco Talk, ocorrido nesta quinta-feira (18), o deputado federal e co-fundador do Movimento Brasil Livre (MBL) Kim Kataguiri (DEM-SP) antecipou os planos do movimento para as eleições de 2022. A disputaserá a segunda vez que o MBL trará nomes para participar de uma eleição federal, e desta vez a estratégia será a concentração de candidatos em um único partido.

“Nosso foco será no parlamento, tanto paulista quanto nacional. Nossa ideia é lançar todos os candidatos em um único partido. Ainda não decidimos qual partido é esse”, declarou. Outra frente prioritária para o MBL será a campanha governamental de Arthur do Val, também co-fundador do movimento que hoje assume o cargo de deputado estadual em São Paulo pelo Democratas, mesma legenda de Kataguiri.

No plano federal, as atividades do MBL estão concentradas no apoio de uma terceira via para a presidência da república. “A gente também milita, é entusiasta de uma terceira via, uma candidatura que não seja nem a de Lula e nem Bolsonaro. Ambas na nossa avaliação são candidaturas de candidatos radicais, cada um no seu espectro ideológico”, afirmou o deputado.

O apoio eleitoral, por outro lado, não representa para Kim Kataguiri uma garantia de apoio durante o governo. O deputado justifica a postura com base no histórico do MBL, de ser traído por parte dos candidatos apoiados pelo movimento após eleitos, como no caso de Jair Bolsonaro e João Dória. Até o momento, o nome mais forte é o de Sérgio Moro, mas que Kataguiri afirma faltar ainda um plano concreto de governo para possibilitar o apoio.

Pessimismo na terceira via

As esperanças do MBL para 2022 estão depositadas sobre a possibilidade de uma terceira via, defendida também pelo analista político e jornalista Ricardo Cappelli, também presente no debate. Apesar disso, Capelli não acredita em uma vitória de candidato fora do eixo Lula-Bolsonaro. “Eu torço pela terceira via, (…) mas eu vejo muita dificuldade dessa terceira via conseguir conquistar um espaço”, lamentou.

A polarização política, na visão do analista, foi um fator de peso no resultado eleitoral de 2018, e certamente também será uma constante em 2022. “É um erro grave subestimar a força que o presidente Bolsonaro tem nas eleições do ano que vem. (…) Acho também que os novos meios de comunicação empurraram a polarização, (…) e não vai ser fácil quebrar a polarização”, declarou.

No atual momento, Capelli não consegue enxergar uma liderança capaz de romper com a polarização entre os dois candidatos. Kataguiri concorda com esse obstáculo em 2022. “Infelizmente, as perspectivas do ano que vem não são boas. A expectativa que a gente tem é um debate muito polarizado, muito raso. Mais uma troca de acusações do que um debate de país”, concluiu.

> Kim Kataguiri e Ricardo Cappelli discutem o que esperar das eleições 2022

 

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