Política Notícia

Desmatamento na Amazônia cresce 21,97%, aponta INPE

Por Da Redação

18/11/2021 às 20:55:57 - Atualizado há

O relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) apontou que a estimativa da taxa de desmatamento na Amazônia Legal Brasileira foi de 13.235 km², no período de 1 de agosto a 31 de 2021, a mais alta taxa desde 2006. Esse valor representa um aumento de 21,97% em relação a taxa de desmatamento apurada pelo Prodes 2020 que foi de 10.851 km2.

O Prodes é um projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), unidade vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), que monitora o desmatamento por corte raso na Amazônia Legal e produz desde 1988 as taxas anuais de deflorestamento na região

O relatório considera como desmatamento a remoção completa da cobertura florestal primária por corte raso, independentemente da futura utilização destas áreas. A estimativa da taxa 2021 foi calculada a partir da análise de 106 cenas prioritárias de todos os estados da ALB. O mapeamento é feito com base em imagens do satélite Landsat ou similares, para registrar e quantificar as áreas desmatadas maiores que 6,25 hectares.

Dado foi omitido na COP26

Em sua participação na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia, tanto o ministro do Meio Ambiente, como o presidente Jair Bolsonaro em video, omitiram os dados sobre o desmatamento na Amazônia ao divulgarem meta de redução de emissão de carbono durante a abertura da participação brasileira no evento.

Em descompasso com a realidade do desmatamento apontado pelo Inpe, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer no vídeo apresentado na COP26 que “no combate à mudança do clima, sempre fomos parte da solução, não do problema”

De acordo com Cristiane Mazzetti, porta-voz da campanha da Amazônia do Greenpeace, na média, houve um aumento de 52,9% na área desmatada nos três anos de governo Bolsonaro (média de 11.405 km² entre 2019 e 2021) em relação à média dos três anos anteriores (média de 7.458 km² entre 2016 e 2018). “O governo atual, com sua política antiambiental, elevou drasticamente o patamar de desmatamento na maior floresta tropical do planeta. Estes são níveis inaceitáveis perante à emergência climática que vivemos no Brasil e no mundo, com extremos climáticos e seus impactos cada vez mais devastadores e frequentes”, comenta Cristiane. “E essa situação só vai piorar, se o Senado aprovar o PL da Grilagem, que beneficia invasores de terras públicas e incentiva ainda mais desmatamento”, completa.

No período em que a taxa foi medida, 32% dos alertas de desmatamento se concentraram nas Florestas Públicas Não Destinadas, alvo frequente de grilagem de terras. A última audiência pública do Senado para discutir o PL 2633/2020, já aprovado na Câmara dos Deputados deve acontecer na próxima semana, com isso a matéria pode ser votada em Plenário logo na sequência.

 

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