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Fóssil explica como pássaros sobreviveram à extinção dos dinossauros

Por Da Redação

13/11/2021 às 15:25:04 - Atualizado há

Há cerca de 66 milhões de anos, um asteroide gigantesco atingiu a Terra em cheio, desencadeando uma série de eventos catastróficos, que foram desde incêndios florestais até um extenso inverno nuclear. Extinguindo 80% dos animais da Terra, incluindo a maior parte dos dinossauros.

Porém, alguns dinossauros, misteriosamente, acabaram conseguindo sobreviver. Hoje, eles são chamados de pássaros. Porém, uma dúvida atormenta os cientistas: como e por que algumas linhagens de pássaros sobreviveram enquanto outras não?

Um novo estudo sobre o crânio de um pássaro antigo, mas muito bem conservado, pode ter um caminho para a resposta dessas perguntas. De acordo com os pesquisadores, o que pode ter feito com que alguns pássaros sobrevivessem foi ter prosencéfalos maiores.

Pássaros cabeçudos?

O prosencéfalo é a região frontal do cérebro, porém, ainda não está exatamente claro como isso ajudou as aves a sobreviverem. Essa região do cérebro é responsável por uma série de processos, incluindo a plasticidade comportamental.

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O palpite dos pesquisadores é que aves com prosencéfalo maior tinham a capacidade de modificar mais facilmente seu comportamento. Isso permitia a elas se adaptar melhor às rápidas mudanças ocorridas no ambiente em que viviam.

Estudos desse tipo são complicados de se fazer, já que os ossos de pássaros são bastante delicados e raramente fossilizam bem ou em três dimensões. Isso faz com que dificilmente seja possível para os cientistas investigar no detalhe a parte interna do crânio de aves mais antigas.

Um fóssil inesperado

Fóssil de Ichthyornis encontrado no Kansas
Fóssil encontrado no Kansas estava surpreendentemente bem preservado. Crédito: Chris Torres/Ohio University

Porém, contrariando todas as expectativas, um grupo de pesquisadores conseguiu encontrar um fóssil parcialmente em 3D, muito bem preservado, de um pássaro com dentes do período Cretáceo. O achado data de 87 a 82 milhões de anos e estava em uma formação rochosa no estado americano do Kansas.

Usando tomografia computadorizada de raios-X, os pesquisadores conseguiram reconstruir digitalmente o esqueleto facial e a estrutura facial do pássaro. Logo em seguida, foi feita uma análise da forma cerebral do animal, que tinha o órgão mais parecido com o dos dinossauros do que com os dos pássaros vivos.

A análise estrutural do cérebro do pássaro demonstrou que os cérebros das aves não evoluíram em uma progressão muito clara ao longo do tempo, mas em uma espécie de mosaico bastante complexo. Ou seja, nem tudo foi se tornando mais complexo ou melhor adaptado.

Via: Space

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Fonte: Olhar Digital
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