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Uso do DIU: ginecologista tira dúvidas e fala sobre método contraceptivo

Por Da Redação

11/11/2021 às 17:04:02 - Atualizado há

Praticidade: O Dispositivo Intrauterino, popularmente conhecido como DIU, ganha espaço na escolha das mulheres como método contraceptivo, já que oferece uma maior facilidade e praticidade no uso - elas não precisam lembrar diariamente, tal como é com a pílula anticoncepcional.

Modelos de DIU: atualmente existem vários modelos de DIU, com e sem hormônios. Existem cinco mais utilizados, os sem hormônios são: DIU de cobre, onde a troca geralmente é feita 10 anos após ser colocado, o DIU de cobre com prata, o mini DIU de cobre com prata, que tem validade de 5 anos, sendo que é utilizado geralmente em mulheres que ainda não tiveram filhos e por isso podem ter o tamanho do útero reduzido. Os modelos com hormônios são o Mirena e o Kyleena, este ultimo é a versão “mini”. Todos os cinco tipos têm diferenças nas suas composições, apesar de promoverem um excelente resultado de contracepção, eles agem de diferentes formas no corpo da mulher.

Efeitos: Se for o de cobre, esse DIU terá ação sobre o espermatozoide e também altera o muco cervical. É um método contraceptivo não hormonal muito seguro. Alguns pacientes reclamam do aumento do fluxo menstrual e de cólicas. A chance de falha desse método é de 0,5%, semelhante à pílula. No de cobre com prata, a prata estabiliza o cobre causando menor reação inflamatória. Então essa queixa de aumento do fluxo e da cólica é mais rara. No mini DIU de cobre com prata o efeito é o mesmo, só o tamanho que é menor. O hormonal tem efeito de ação contraceptiva pela atrofia endometrial e mudança do muco cervical, que fica mais espesso o que dificulta a subida do espermatozoide. Geralmente mulheres que usam esse método param de menstruar com o passar dos meses. É um método altamente seguro e com índice de falha de 0,2%.

Contraindicações: o método é contraindicado para mulheres com malformações uterinas como: útero bicorno, útero septado ou intensa estenose cervical, mioma submucoso, processos inflamatórios pélvicos agudos (endometrite, cervicite mucopurulenta, tuberculose pélvica); mulheres em anticoagulação ou com distúrbios da coagulação não devem usar o DIU de cobre.

Muito bem-vindos: Apesar de ser contraindicado em alguns casos, o DIU é muito eficaz em outros. Mulheres que desejam contracepção reversível e de longo prazo, por exemplo, e também aquelas que estão amamentando, pois não interfere com a produção do leite. O DIU de cobre é o método mais indicado principalmente para as que não podem usar hormônios, como por exemplo, com histórico de câncer de mama.

Lenda urbana: a historia de que mulheres só podem colocar DIU após terem filho cai por terra! Seu uso é atualmente indicado até para as adolescentes, pois é um método que traz menos riscos a longo prazo. No caso das mais jovens é uma opção interessante também pois não depende da lembrança diária e por ser um método contraceptivo que não irá afetar os hormônios, a paciente pode manter seu ciclo menstrual fisiologico. Vale lembrar que mesmo fazendo o uso de DIU deve-se sempre reforçar o uso do preservativo, para evitar DSTs.

Atenção: em alguns casos o DIU pode estar mal posicionado e sair do lugar. Caso isso ocorra é necessário que procure um médico. O mal posicionamento pode ocorrer em 10% dos casos e por isso é importante a avaliação regular com ultrassonografia transvaginal pelo menos uma vez por ano. Se ele estiver baixo, ele pode ser reposicionado pela histeroscopia, um exame que filma o útero por dentro. Esse aparelho tem uma pinça bem fina, que consegue empurrar o DIU para cima de novo. Outra opção, se o local não tiver esse aparelho, é retirá-lo e colocar um novo. Além disso, pode ocorrer a expulsão do DIU, isso é mais comum no primeiro ano de uso, ocorre em até 10%.

Eficácia: as mulheres que desejam fazer uso do DIU como principal método contraceptivo, é indicado que procure seu ginecologista para conversar e tirar todas as dúvidas. Vale lembrar que o DIU de cobre começa a fazer efeito imediatamente após ser colocado, ele não afeta os hormônios e é um dos métodos mais eficazes de contracepção. As taxas de gravidez são inferiores a 1 em cada 100.000 mulheres/ano.

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