Os aviões podem ser considerados obras-primas da engenharia. Desde os modelos desenvolvidos nos primórdios pelo brasileiro Santos Dumont e pelos irmãos estadunidenses Wilbur e Orville Wright, esses monstros alados nos encantam com sua beleza, pujança e elegância ao alçarem voos pelo mundo, independentemente do seu tamanho, força e conforto.
Atualmente, a indústria chegou a um padrão de design para as aeronaves, principalmente as comerciais. Corpos longos, esguios e com asas enormes para armazenar o combustível. Esse formato é considerado o ideal, entre outras coisas, pela aerodinâmica e pelos artifícios físicos que permitem a esses monstros de aço ficarem no ar sem maiores problemas.
Mas nem sempre foi assim e, ao longo da história, diversas empresas e engenheiros tentaram criar aviões diferentes, sob os mais diferentes argumentos. Como era de se esperar, a maioria deles nem chegou a ser lançada ou não se popularizou, mas esses modelos "estranhos", por assim dizer, ficaram na mente dos entusiastas.
-
CT no Flipboard: você já pode assinar gratuitamente as revistas Canaltech no Flipboard do iOS e Android e acompanhar todas as notícias em seu agregador de notícias favorito.
-
Com isso em mente, o Canaltech preparou uma lista com os cinco aviões mais esquisitos do mundo. Por motivos óbvios, não vamos considerar os protótipos desenvolvidos pelos pais da aviação.
Como não poderia deixar de ser, a NASA tem que estar nessa lista. No final da década de 1970, a agência espacial americana realizava diversos testes com aeronaves para encontrar modelos mais competentes e seguros, mas que tivessem diferenciais aerodinâmicos. O modelo AD-1, no caso, era esquisito porque suas asas tinham um ângulo de 45º antes da decolagem e atingindo 60º na velocidade máxima
Segundo os experimentos da NASA, o AD-1 tinha boa estabilidade de voo sob velocidades subsônicas, graças á diminuição do arrasto aerodinâmico proporcionado pelas asas tortas.
Projeto feito em conjunto com a fabricante Sikorsky, NASA e a Marinha dos Estados Unidos, o X-Wing era uma aeronave pensada para unir o melhor do mundo dos helicópteros, que é a decolagem vertical, com toda a velocidade de motores a jato.
Foram cinco anos de pesquisas e testes até que a ideia fora abandonada no começo dos anos 1980.
Aqui talvez seja o embrião do que conhecemos como jetpacks ou mochilas aéreas. Nesse caso, o de Lackner HZ-1 Aerocycle estava mais para um helicóptero pessoal do que para um acessório alado.
Desenvolvido nos anos 50 pelo exército dos Estados Unidos, o de Lackner HZ-1 Aerocycle tinha como propósito ser um veículo para missões em locais de difícil acesso, já que ele tinha um tamanho compacto e a capacidade de voar em boas altitudes. Sua autonomia era de 240 quilômetros e a velocidade máxima de 100 km/h.
Felizmente ou infelizmente, o governo americano desistiu do projeto.
Com design semelhante ao de uma libélula, o britânico Edgley Optica é um protótipo desenvolvido pela Edgley que serviria ao exército britânico em missões de monitoramento. Seu "diferencial", além da aparência, era a baixa velocidade de cruzeiro, que ficava em 130km/h — sendo a máxima 210 km/h.
O projeto ainda não foi descartado pela Edgley, que desde 2019 busca parceiros para retomar a produção da aeronave. Ao todo, foram feitas 22 unidades.
Único modelo da lista ainda em atividade — e produção —, o Airbus Beluga é um supercargueiro criado com base no extinto jato comercial A300. Atualmente chamado de Beluga ST, esse monstro começou sua trajetória em 1992, assombrando o mundo da aviação com suas capacidades técnicas e seu formato misto de boto com golfinho.
Seu peso máximo de decolagem era de 155 toneladas espalhadas pelos impressionantes 56 metros de comprimento. Os motores eram os GE CF6-80C2A8. Segundo o site da Airbus, ainda há a comercialização de uma variante ainda maior do Beluga, o Beluga XL, que terá quase 10 metros a mais do que o ST e peso máximo de decolagem de 187 toneladas.
Com informações Interesting Engineering, Mega Curioso, Airway, Optica
Leia a matéria no Canaltech.
Trending no Canaltech: