O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 5ª feira (17.jun.2021) que não há nenhuma eleição sem polarização. A declaração foi feita durante entrevista à rádio
Jovem Pan News Natal.O petista falou que no mundo inteiro as eleições são polarizadas e sempre são divididas entre 2 candidatos.
"Prefiro uma eleição polarizada do que uma eleição apática", afirmou durante a entrevista.
Ao ser perguntado se abriria mão da candidatura para dar vez a um outro candidato que agradaria a
"maioria silenciosa", Lula respondeu que
"em política vale de tudo, menos ser inocente".
Para ele, as
manifestações contra o atual governo, como a que será realizada no
sábado (19.jun), significam que os brasileiros estão
"acordando".
"O povo brasileiro está começando a lutar pela conquista do seu direito e pela reconstrução do nosso país", disse.
O ex-presidente afirmou que diferente dos atos promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), os manifestantes contra o governo vão
"para rua de forma civilizada e por uma causa" e usarão máscaras e álcool em gel.
ELEIÇÕES DE 2022
Lula disse que não decidiu se será candidato à Presidência nas
eleições de 2022, mas afirma que pode ser. Ele disse que 2021 ainda não é o momento para discutir a candidatura.
"Para que eu seja candidato é preciso, primeiro, que os partidos queiram que eu seja candidato, é necessário que eu esteja muito bem de saúde e é preciso que eu tenha um leque de apoio nos Estados", informou.
O petista disse não acreditar que haja alguma condenação futura que o impeça de concorrer.
"Do ponto de vista jurídico, eu estou totalmente livre para ser presidente".Ele ainda destacou que quando deixou a Presidência 87% dos brasileiros o avaliaram como bom ou ótimo e 10% como regular.
"Se eu voltar a ser candidato a presidente da República, eu tenho que fazer muito mais do que eu já fiz", afirmou.
PESQUISA ELEITORAL
O número de brasileiros que
negam voto tanto a Lula quanto a Bolsonaro segue estável há 4 meses, segundo pesquisa
PoderData realizada em 7 a9 de junho. Atualmente, 13% dizem que não votariam
"de jeito nenhum" em algum dos 2 pré-candidatos nas eleições de 2022.
Em outro levantamento, divulgado em 11 de junho, o ex-presidente receberia o voto de
53% dos eleitores que rejeitam o trabalho do presidente Bolsonaro.
