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Gabinete do Ódio

Senador Alessandro Vieira foi alvo do Gabinete do Ódio e monitorado pela Abin paralela

Operação da PF cumpre mandados contra ex-servidores da Abin e membros do grupo ligado ao governo Bolsonaro


Agência Senado

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) foi monitorado pelo esquema da Abin paralela e se tornou alvo do chamado gabinete do ódio após tentar convocar o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) para depor na CPI da Covid em 2021. A decisão foi retratada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que autorizou a operação da Polícia Federal (PF) desta quinta-feira (11), cumprindo cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão contra ex-servidores da Abin e membros do gabinete do ódio.

De acordo com as investigações da PF, Alessandro Vieira entrou na mira da Abin paralela após protocolar requerimentos para que Carlos Bolsonaro depusesse na CPI da Covid e tivesse seus sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático quebrados pela Justiça. O objetivo, segundo a decisão de Moraes, era evitar a vinculação das condutas ilícitas aos beneficiários da desinformação, os membros do gabinete do ódio.

A CPI da Covid, instaurada em 2021, investigou a condução do governo Bolsonaro na resposta à pandemia de Covid-19 e propôs o indiciamento do então presidente por nove crimes, incluindo epidemia com resultado de morte, charlatanismo e crimes contra a humanidade. Vieira buscava esclarecer se Carlos assessorou informalmente seu pai nos assuntos relacionados ao coronavírus, citando sua participação em uma reunião com o presidente da Pfizer na América Latina para negociação de vacinas.

Segundo a PF, o senador sergipano foi monitorado pelo esquema de arapongagem da Abin através de um software israelense chamado First Mile, adquirido sem licitação no final do governo Michel Temer. A espionagem de brasileiros considerados desafetos de Bolsonaro ocorreu durante seu governo. Diálogos obtidos pelos investigadores mostram integrantes do gabinete do ódio combinando ataques contra Vieira nas redes sociais.

Além de Vieira, outros integrantes da CPI da Covid, como Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues, também foram monitorados. Carlos Bolsonaro é investigado no caso como integrante do núcleo político do esquema de arapongagem, identificado após uma operação da PF contra Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin.

A operação Última Milha da PF revelou que a Abin realizou mais de 33 mil monitoramentos entre 2019 e 2021, justificando a necessidade por segurança de Estado. A PF deflagrou outras duas operações em janeiro deste ano como desdobramentos da investigação.

 

#BlogLucianaPombo

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