PolĂ­tica EquilĂ­brio das contas

Durigan diz que reoneração da folha deve buscar equilíbrio das contas

Por Agência Brasil

10/01/2024 às 16:36:51 - Atualizado hĂĄ
Foto: Reprodução internet

O ministro interino da Fazenda, Dario Durigan, defendeu nesta quarta-feira (10) que a solução para o impasse da reoneração da folha de pagamento deve buscar o equilĂ­brio fiscal. "O mais importante dessa discussão toda é a gente ter o mesmo entendimento sobre a importância de manter o equilĂ­brio das contas pĂșblicas", disse.

"É uma premissa que o Congresso deu mostras o ano passado, liderando essa agenda das medidas que foram aprovadas [para aumentar a arrecadação]", acrescentou Durigan.

Após o Congresso Nacional derrubar, por ampla maioria, o veto do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva ao projeto que prorrogou a desoneração de 17 setores da economia, o governo editou a Medida Provisória 1.202 (MP) que prevĂȘ uma reoneração gradual desses setores. Segundo a Fazenda, a medida visa recuperar R$ 6 bilhões em arrecadação jĂĄ neste ano, o que ajuda o governo a chegar a zerar o déficit nas contas pĂșblicas.

Durigan e outros representantes do Executivo se reuniram nesta quarta-feira com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que busca uma solução negociada para o impasse criado pela edição da MP. Parlamentares da oposição sugerem que Pacheco devolva o texto para o governo e este envie um projeto de lei com o mesmo teor para que possam discutir o tema sem a urgĂȘncia criada pela medida provisória.

Ao contrĂĄrio de uma MP, um projeto de lei não tem efeito imediato. Ainda assim, para continuar em vigor, a MP deve ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias.

A decisão de devolver a MP ao governo e o tema ser tratado por meio de projeto de lei deve ser tomada na semana que vem, após conversa do presidente do Senado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estĂĄ em férias.

Para Haddad, a desoneração representa um privilégio aos setores beneficiados, sem que o resultado de aumento de empregos tenha sido alcançado. A medida estende até 2027 a desoneração da folha de pagamento para setores intensivos em mão de obra, mantendo a contribuição para a PrevidĂȘncia entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta. Até 2011, a contribuição correspondia a 20% da folha de pagamento.

Dario Durigan reforçou que o impacto da desoneração nas contas deve ser levado em conta por Pacheco e pelos parlamentares. "O que a gente tem feito é dar subsĂ­dios técnicos, explicando, mostrando os nĂșmeros. O limite de toda essa discussão é o equilĂ­brio fiscal, é responsabilidade fiscal, não é possĂ­vel a gente ter feito um esforço maior o ano passado, com bons resultados para o paĂ­s, e agora não persiga nessa mesma esteira, que é olhar para o que tem de despesa e fazer as compensações", explica o ministro interino.

"É preciso prestigiar [as decisões] o Congresso, mas é preciso sempre olhar para o equilĂ­brio das contas pĂșblicas", reforçou Durigan, que é secretĂĄrio-executivo do Ministério da Fazenda.

Comunicar erro
Jornalista Luciana Pombo

© 2024 Blog da Luciana Pombo é do Grupo Ventura Comunicação & Marketing Digital
Ajude financeiramente a mantermos nosso Portal independente. Doe qualquer quantia por PIX: 42.872.330/0001-17

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

Jornalista Luciana Pombo
Acompanhantes GoianiaDeusas Do Luxo