PolĂ­tica Luis Roberto Barroso

Ex-jogador de vôlei, flamenguista, obcecado pelo número 3

Por Jovem Pan

28/09/2023 às 20:27:47 - Atualizado hĂĄ
Foto: Reprodução internet

LuĂ­s Roberto Barroso, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), assumiu a presidĂȘncia da Corte nesta quinta-feira, 28, em cerimônia para cerca de 1,2 mil pessoas. Membro do tribunal desde 2013, quando foi indicado pela então presidente Dilma Rousseff (PT) para a vaga do ministro Ayres Britto (aposentado), o magistrado coleciona polĂȘmicas no plenĂĄrio da instância mĂĄxima do JudiciĂĄrio brasileiro – e fora dele –, contradições pĂșblicas e relatorias de julgamentos históricos, como o piso nacional da enfermagem; proteção aos povos indĂ­genas contra a invasão de suas terras; contra despejos e desocupações de pessoas durante a pandemia de Covid-19, além de defesas, enquanto advogado, pela pesquisa com células tronco embrionĂĄrias, a união entre pessoas do mesmo sexo e da proibição do nepotismo. Mestre pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e pós-doutor pela Universidade de Harvard, Barroso também é professor na Universidade de BrasĂ­lia e titular de direito constitucional na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), onde se graduou e fez doutorado. De 1981 a 2013, além de exercer a advocacia, também foi procurador do Estado do Rio de Janeiro. Pela opinião pĂșblica, é lembrado como um jurista de visões liberais, progressistas e também como um dos principais defensores da Lava Jato.

Além das competĂȘncias profissionais e polĂȘmicas, incluindo discussões acaloradas com Gilmar Mendes, o indulto a José Dirceu e frases emblemĂĄticas como "perdeu, mané", outros fatos sobre o novo presidente do Supremo chamam a atenção. Nascido em Vassouras, no interior do Rio de Janeiro, Barroso é filho de mãe judia e pai católico. Com a famĂ­lia, ele se mudou para a capital fluminense ainda na juventude, quando atuou na seleção carioca de vôlei. O jurista também é adepto da meditação, flamenguista, autor de mais de 20 livros e tem o nĂșmero trĂȘs como "ponto de equilibro". Por isso, inclusive, semanalmente o ministro dĂĄ dicas culturais para o final de semana nas redes sociais: um livro, um filme e uma mĂșsica. Entre as sugestões, a Ășltima, de 22 de setembro, indicava "O amor nos tempos do cólera", de Gabriel GarcĂ­a MĂĄrquez; "História antiga", Raul Leoni; e "Eduardo e Mônica", de Legião Urbana. Por vezes, como em 25 de agosto, trocou a poesia por um trecho bĂ­blico. "Pensamento: "Pois nada hĂĄ de oculto que não venha a ser revelado, e nada em segredo que não seja trazido à luz do dia" (Marcos 4:22)", escreveu o ministro, que é católico. Outras indicações jĂĄ incluĂ­ram Fundo de Quintal, Só pra Contrariar, Roberto Carlos, Rita Lee, Paulinho da Viola, Paula Fernandes, Queen, Chitãozinho e Xororó, Buda e outros.

Ainda nas redes sociais, o ministro também compartilha outros temas, como um registro de seu encontro com o papa Francisco, em maio deste ano, quando fez uma palestra sobre Tributação e Novas Tecnologias" e encontro o lĂ­der da Igreja Católica "e grande humanista", como definiu no X (antigo Twitter). No Instagram, por sua vez, ele relembrou a "infância feliz" com uma foto ao lado de Cazuza, no carnaval de 1965: "Meu conterrâneo e contemporâneo". Outra "curiosidade" sobre LuĂ­s Roberto Barroso é o contato que o presidente do STF teve com o médium João de Deus – atualmente preso por assédio sexual. Em 2012, antes de ser indicado por Dilma Rousseff, o ministro recebeu na sua casa, em BrasĂ­lia, o então ministro Ayres Britto acompanhado do médium. Na ocasião, Barroso havia havia sido diagnosticado com câncer no esôfago com prognóstico "muito ruim": um ano de vida ou pouco menos. Assim, o atual ministro iniciou o tratamento médico, com quimioterapia, homeopatia, fitoterapia e acupuntura, passou por um psiquiatra e foi ao templo de João de Deus, em Abadiânia, em GoiĂĄs, por diversas vezes. "Acho, sinceramente, que as pessoas a quem ele fez bem devem ser agradecidas. Foram muitas, eu vi. E, naturalmente, as pessoas a quem ele possa ter feito mal, essas tĂȘm o direito à justiça", afirmou, em entrevista para o livro "João de Deus — O Abuso da Fé".

Fonte: Jovem Pan
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