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O resultado da prévia da inflação veio acima da expectativa do mercado, que esperava alta mensal de 0,17%.

O índice preliminar de inflação, conhecido como IPCA-15, apresentou um aumento de 0,28% durante o mês de agosto. Esse crescimento representa uma aceleração de 0,35 ponto percentual em comparação com a taxa registrada em julho, quando o índice havia mostrado uma deflação de -0,07%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 25. Este resultado superou as expectativas do mercado, que projetava um aumento mensal de 0,17%.

No acumulado do ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 registrou um aumento de 3,38%, e nos últimos 12 meses, a variação foi de 4,24%. Isso ultrapassa os 3,19% observados nos 12 meses anteriores. No mesmo mês de agosto de 2022, o índice havia apontado uma queda de -0,73%.

A principal razão para a elevação do IPCA-15 em agosto foi o grupo de Habitação, que teve um aumento de 1,08%. O fator mais significativo foi o aumento na conta de energia elétrica residencial, que subiu 4,59%. Isso foi influenciado pelo término da inclusão do Bônus de Itaipu, que havia sido creditado nas faturas do mês anterior. Além disso, reajustes nas tarifas de energia em cidades como Curitiba, Porto Alegre e São Paulo também contribuíram para esse aumento.

A taxa de água e esgoto aumentou 0,20%, impulsionada pelo reajuste de 3,45% em uma das empresas concessionárias em Porto Alegre (0,93%), a partir de 1º de julho, e pelo aumento de 5,02% em Brasília (2,20%), a partir de 1º de agosto.

Por outro lado, o grupo de Alimentação e Bebidas apresentou uma queda de 0,65% no índice de agosto. Isso se deveu à deflação nos preços dos alimentos consumidos em casa, que já haviam diminuído nos dois meses anteriores. Itens como Batata-inglesa, tomate, frango em pedaços, leite longa vida e carnes tiveram redução de preço nesse período. Os gastos com alimentação fora de casa também desaceleraram em comparação com o mês anterior.

O IPCA é um índice de inflação calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e sua finalidade é mensurar a variação dos preços de uma seleção de bens e serviços consumidos pela população em geral. Isso proporciona uma ideia da capacidade de compra das pessoas ao longo dos meses.

Para calcular a variação percentual entre duas datas, é possível utilizar o IPCA acumulado. Isso envolve a comparação dos índices do mês atual com os do mesmo mês do ano anterior, permitindo estimar a variação percentual ao longo desse período.

O cálculo do IPCA-15 segue a mesma metodologia do IPCA, mas com diferenças no período de coleta de preços e na abrangência geográfica. Os preços são coletados durante um mês específico (neste caso, de 14 de julho a 14 de agosto de 2023) e comparados com os preços vigentes no mês anterior.

O IPCA é constituído por nove grupos diferentes, cada um representando uma categoria de produtos e serviços, como Alimentação e Bebidas, Habitação, Artigos de Residência, Vestuário, Transportes, Saúde e Cuidados Pessoais, Despesas Pessoais, Educação e Comunicação. Itens dentro desses grupos têm diferentes pesos no cálculo final do IPCA, refletindo sua relevância no orçamento das famílias. Por exemplo, produtos de uso menos frequente podem ter menos peso do que aqueles de consumo mais habitual.

Fonte: Exame